Presidente pediu ajuda da família real para a preservação da área florestal e cobrou maior participação dos países do G7 e G20 no combate ao desmatamento
Ian Jones/Buckingham Palace
Rei Charles III e o presidente Lula se cumprimentam no Palácio de Buckingham
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou com jornalistas na manhã deste sábado, 6, e aproveitou para falar sobre o encontro com o rei Charles III. O petista confidenciou que as primeira palavras ditas pelo monarca ao mandatário foram direcionadas ao combate ambiental. “Primeira coisa que o rei Charles III disse para mim, foi para cuidar da Amazônia. Eu respondi que preciso de ajuda, não é só a nossa vontade. Precisamos de recursos”, disse. Lula pontuou que, em agosto, acontecerá a primeira reunião dos países amazônicos. “Se a França quiser participar, ela terá o direito de participar porque, quem não sabe ainda, a França é um pais amazônico por causa da Guiana Francesa. É o único país europeu com parte da Amazônia”, ressaltou. Lula também considerou que países ricos e desenvolvidos têm um “débito” com a preservação do meio ambiente. “[Os países ricos] precisam compreender que eles têm um debito na emissão de gás carbônico. E portanto, eles têm que adiantar um recurso, pagando essa dívida, para que a gente possa preservar a nossa floresta”, ressaltou. A fala do presidente ocorre no dia seguinte ao encontro que o chefe do Executivo federal brasileiro teve com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak. Na reunião entre os líderes, Sunak anunciou que irá doar R$ 500 milhões para o Fundo Amazônia. “Desde a COP 15, que eu participei quando era presidente em 2009, que os países ricos prometem dinheiro, prometem fundo. Mas a verdade é que esse fundo de US$ 100 bilhões nunca aparece”, pontuou, numa referência aos repasses previstos com o Acordo de Paris.