A primeira mulher trans eleita para um assento no Congresso dos Estados Unidos, Sarah McBride, do partido democrata, será impedida de utilizar o banheiro feminino da Câmara dos Representantes do país. A decisão foi tomada pelo presidente da Casa, o republicano Mike Johnson, no dia destinado a homenagear pessoas trans vítimas de intolerância.
A decisão foi tomada após pressão da deputada republicana Nancy Mace, que apresentou uma resolução para banir mulheres trans de frequentar banheiros e vestiários do Capitólio. Johnson, no entanto, se adiantou e anunciou a sua decisão, visando encerrar a polêmica. “As mulheres merecem espaços só para mulheres. E não somos ‘antininguém’, somos pró-mulheres”, afirmou.
Marjorie Taylor Greene, deputada eleita pela Geórgia, ameaçou partir para a violência física caso flagrasse uma mulher trans no banheiro feminino. Já Mace, eleita pela Carolina do Sul, afirmou: “Ele é um homem. Ele é um macho biológico, então não tem permissão para usar nossos banheiros femininos, nossa academia femininas, nossos vestiários femininos e nossos espaços que são especificados para mulheres”.
Encorajada pela eleição de Donald Trump, a congressista ainda anunciou planos de apresentar um projeto de lei mais amplo, que estenda a proibição a todas as repartições federais. Durante a campanha, Trump prometeu limitar o acesso a cuidados de saúde para transgêneros, impedir o seu ingresso nas forças armadas e banir atletas trans de esportes femininos.
McBride, por sua vez, se mostrou conformada com a decisão que lhe afeta, afirmando que foi eleita para resolver temas mais importantes. “Não estou aqui para brigar por banheiros. Estou aqui para lutar pelos moradores de Delaware e para reduzir os custos enfrentados pelas famílias”, afirmou McBride.