Daniel Alves teve prisão preventiva e sem fiança decretada pela juíza Maria Concepción Canton Martín, do Juizado de Instrução 15 de Barcelona, nesta sexta-feira (20). O jogador é investigado por agressão sexual contra uma mulher, que teria ocorrido em uma boate da cidade no fim do ano passado.
Alguns fatores teriam colaborado para a decisão de prisão provisória ser decretada. Entre eles, o risco de um ‘novo caso Robinho’. Isso porque não há acordo de extradição entre Brasil e Espanha. Se voltasse ao país natal, não haveria forma de extraditar o jogador para ser julgado na Espanha.
É o que aconteceu com o atacante Robinho, que foi condenado a nove anos de prisão por estupro na Itália. O Ministério da Justiça da Itália chegou a solicitar a extradição de Robinho, mas o pedido foi negado pelo Mistério da Justiça brasileiro. A recusa foi baseada no artigo 5 da Constituição Federal, que proíbe a extradição de cidadãos brasileiros.
Outro motivo determinante para a prisão preventiva de Daniel, segundo a agência AFP, seria o risco de fuga. Daniel Alves tem uma boa condição econômica, o que tornaria viável a possibilidade de ele deixar o país durante as investigações. Além disso, o lateral não tem mais raízes na Espanha.
O depoimento da suposta vítima à polícia também teria sido contundente e sem contradições. O jornal El Periódico de Catalunya disse ter obtido acesso ao relato, e divulgou detalhes da acusação. A mulher afirma ter sido agredida e abusada em um banheiro da boate Sutton, no dia 30 de dezembro.
Após a ordem de prisão preventiva, Daniel Alves foi levado ao Centro Penitenciário Brians 1, onde permanecerá até julgamento, que não tem data para ocorrer.