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Reco do Bandolim quer levar choro para as escolas do DF em 2024

Para além de uma trajetória musical sólida, Reco do Bandolim se tornou referência quando o assunto é valorização do choro no Brasil. Presidente do Clube do Choro de Brasília, o bandolinista, integrante do grupo Choro Livre, teve papel fundamental no reconhecimento do gênero como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil no fim de fevereiro. Foi dele a iniciativa de procurar o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), há 12 anos, para iniciar o processo confiante nos impactos que o título trará para a expressão artística.

“Em 2015, eu recebi um documento dizendo que o IPHAN reconhecia o Clube do Choro como proponente, apto a fazer um pedido dessa natureza. Em seguida, os amigos do Clube de Choro de Santos e do Rio também se interessaram. Quanto mais, melhor. Nós precisamos de unanimidade. E assim foi feito”, conta Reco ao Metrópoles. 

Para o presidente do Clube do Choro, o fim do período conturbado vivenciado pela cultura brasileira nos últimos anos contribuiu para o reconhecimento, que também “representa uma responsabilidade do estado brasileiro em salvaguardar o choro”, como defendeReco.

De fato, com a decisão do Iphan, o gênero será registrado no Livro das Formas de Expressão do instituto e passa a ser considerado parte da cultura e história do país. Para além das formalidades, Reco pretende ampliar o rol de atividades do Complexo Cultural do Choro em 2024, incluindo atividades no Clube do Choro, espetáculos, programações para crianças e rodas de conversa.

Ele também menciona a intenção de levar o Choro para a rede de ensino do DF, visando motivar a juventude a conhecer e valorizar a origem da música brasileira.

Reco do Bandolim

Reco do Bandolim Rafael Ohana/Especial para o Metrópoles

Reco do Bandolim

Depois de passar por tempos difíceis nos últimos anos, o Clube do Choro voltou a ser frequentado por pessoas de todas as naturezas e vem chamando a atenção de embaixadores de outros países Rafael Ohana/Especial para o Metrópoles

Reco do Bandolim

Em 1993, Reco impediu que o Clube do Choro, que ficou fechado por 10 anos, fosse despejado Rafael Ohana/Especial para o Metrópoles

Reco do Bandolim

Junto com um grupo de músicos, Reco viaja pelo mundo inteiro. O convite mais recente é para representar o Brasil no Japão, Filipinas e Coreia do Sul, em outubro Rafael Ohana/Especial para o Metrópoles

Reco do Bandolim, presidente do Clube do Choro. Henrique Sete Cordas, diretor do Clube do ChoroReco do Bandolim, presidente do Clube do Choro. Henrique Sete Cordas, diretor do Clube do Choro

Reco do Bandolim, presidente do Clube do Choro. Henrique Sete Cordas, diretor do Clube do Choro Regis Velasquez/ Especial para o Metrópoles

Esse é um projeto muito interessante, que eu tenho certeza absoluta que vai motivar muito a juventude do Brasil. É muito importante, a essa altura, que as pessoas saibam de onde a gente veio, qual é a nossa origem, para que você possa evoluir. Você só pode criar, só pode modernizar se você souber como é que foi. Quem foram os seus antecessores. A música brasileira é um dos melhores produtos que a gente tem nesse Brasil”, salienta.

Mais reconhecimento Antes mesmo do título concedido pelo Iphan, atendendo à proposta do Clube do Choro de Brasília, o espaço, juntamente com a Escola de Choro Raphael Rabello, já chama atenção de estrelas internacionais. Não à toa, em 2023, a casa, com capacidade para apenas 400 pessoas, recebeu um dos eventos mais concorridos da história da capital: o show intimista de Paul McCartney, às vésperas da apresentação oficial da turnê no Estádio Mané Garrincha.

“A produção dele nos explicou que o Paul e o John, quando eram jovens, estudaram música numa pequena escola de Liverpool. Depois que os Beatles fizeram um grande sucesso, o Paul voltou a essa escolinha e verificou que ela tinha acabado. Faliu a escola. Então ele empregou uma grana, recuperou a escola e a restabeleceu”, revela Reco.

Paul McCartney já desembarcou em solo brasiliense Antes de vir para Brasília, Paul soube do trabalho do Clube do Choro e Reco recebeu um telefonema da produção do músico, solicitando autorização para realizar o concerto. “Para nós, foi outro reconhecimento importante ao trabalho que a gente vem fazendo”, destaca Reco.

“E foi um show espetacular, uma coisa emocionante. O Paul estava muito à vontade. Um homem de 81 anos de idade tocou durante 1 hora e 40 minutos, sem parar. Durante o show ele tocou baixo, tocou guitarra, tocou piano e cantou o tempo inteiro. E eu vou lhe dizer uma coisa, viu. Ele só saiu do palco porque a produção dele fez uma pressão para ele sair, senão ele continuaria”.

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