A rede varejista Novo Mundo, uma das maiores do Centro-Oeste, entrou com pedido de recuperação judicial nessa quinta-feira (25/7). A informação foi divulgada pela própria empresa por meio de comunicado.
De acordo com a nota, a decisão foi necessária para superar o atual momento do varejo brasileiro, que ainda enfrenta consequências da pandemia da Covid-19, além da restrição de crédito, alta da inflação e das taxas de juros.
Apesar do pedido, as 90 lojas da varejista continuarão funcionando normalmente. “A Novo Mundo está confiante de que este desafio será vencido e voltará a crescer, se mantendo entre os principais varejistas do Centro-Norte do país”, diz o texto do comunicado.
Manter competitividade A rede, que tem 68 anos de história e nasceu em Goiânia (GO), destaca que já superou diversas crises e que desta vez não será diferente. O pedido de recuperação judicial foi protocolado na 3ª Vara Cível da Justiça de Goiás e está sob a análise do juiz Luciano Borges da Silva.
“A varejista tem convicção que, ao optar por essa estratégia legal, superará os obstáculos para se manter competitiva. Negociando suas dívidas, garantindo a continuidade de suas atividades, preservando empregos e salvaguardando os direitos de todos os envolvidos. Tudo isso com o trabalho conjunto de todos os colaboradores que vestem a camisa diariamente nas mais de 90 lojas”, expõe o comunicado.
Fornecedores e credores já começaram a ser informados da decisão. A empresa passou por um processo de reestruturação nos últimos anos. Hoje ela possui 90 lojas, mas esse número já foi de 150 unidades há dois anos. Em 2022, o faturamento da Novo Mundo foi de R$ 1,3 bilhão em vendas.
A rede pertence ao Grupo Martins Ribeiro. Foi fundada em 1956 e hoje está presente em estados, como Goiás, Tocantins, Bahia, Pará, Distrito Federal e Maranhão. Os centros de distribuição estão em Goiânia (GO), Belém (PA) e São Luís (MA), com entrepostos de mercadoria em Santarém (PA) e Palmas (TO).