O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou, na noite desta quarta-feira, 6, a reforma ministerial que vinha se arrastando há meses. Os deputados federais André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) assumem, respectivamente, os ministérios do Esporte e de Portos e Aeroportos. Para falar sobre a expectativa do governo em conseguir apoio no Legislativo com a entrega de cargos, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania). O parlamentar avalia que as mudanças trazem novos ares para a relação entre Executivo e Congresso Nacional: “Acho que trará mais estabilidade nas votações e possibilidade de quebrar um clima de polarização política muito extrema que nós vivíamos até este período”. Com as mudanças, a ex-atleta Ana Moser foi demitida, enquanto o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) foi remanejado para o Ministério das Micro e Pequenas Empresas, que será criado.
Apesar de não ser garantia de que 100% da base do Republicanos e do Progressistas vai votar junto com o governo, Arnaldo Jardim avalia que a entrega de cargos serviu para selar a aproximação que já vinha ocorrendo em votações anteriores: “Me remeto a dois momentos importantes, a votação do arcabouço fiscal e da reforma tributária. Naquele momento, coordenado pelo presidente Lira, o governo constituiu uma base sólida que lhe permitiu aprovar temas muito valiosos. Ou seja, nesse instante, a entrada no ministério de Fufuca, do PP, e Silvio Costa, do Republicanos, é mais do que abrir um novo momento, dá sequência a um entendimento que já vinha se processando. Já tivemos vários parlamentares, do PP e do Republicanos, que estavam no núcleo da Câmara votando em sintonia com o governo em pontos importantes. Acho que essa reforma consolida a maioria”. Confira a entrevista completa no vídeo abaixo.