O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), voltou a negar, nesta segunda-feira, 10, que a Prefeitura tenha utilizado a Guarda Civil Metropolitana (GCM) na remoção de usuários de drogas da chamada Cracolândia de certas regiões da cidade. Para Nunes, os usuários tem um fluxo próprio, se movimentam pela cidade de forma independente, e as autoridades apenas fazem um acompanhamento para evitar intercorrências: “Onde existe uma movimentação para algum local, a gente vai acompanhar sempre. Até para poder gerar segurança para as pessoas, comerciantes e moradores. O acompanhamento da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Guarda Civil Metropolitana, junto com os agentes de saúde, de assistência social e de direitos humanos, será constante. Aquilo é uma situação que o governador Tarcísio e eu, a Prefeitura e o Estado, definimos como prioridade para uma solução. Agora, é lógico, um problema de 30 anos você não consegue resolver de uma hora para outra. Isso requer uma série de ações e trabalhos que vem sendo desenvolvidos”.
No último final de semana, o fluxo de dependentes químicos, que fica normalmente na região dos Campos Elíseos, Bom Retiro e Santa Cecília, mudou e se deslocou para baixo de um viaduto que dá acesso á Marginal Tietê. No entanto, no domingo os usuários já haviam abandonado o local. “Apesar de vocês insistirem em falar que a GCM conduz aquele grupo de pessoas para algum local, a gente só faz o acompanhamento. Eles têm uma dinâmica própria. Se não fosse assim, eles não teriam ido para outro local, né?”, declarou Nunes.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini