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Rival do PCC: entenda atuação do Bando do Magrelo no interior de SP

São Paulo — Liderada por Anderson Ricardo de Menezes, o Bando do Magrelo, apelido de Anderson, movimenta milhões de reais e trava uma disputa pelo tráfico de drogas com o Primeiro Comando da Capital (PCC), causando terror na região de Rio Claro, no interior de São Paulo.

Para tentar fazer frente à maior facção do país, o Bando do Magrelo se destaca por ações extremamente violentas. Magrelo, que se intitulava o “novo Marcola”, é suspeito de ordenar a execução de pelo menos 30 integrantes do PCC.

O antigo braço direito do líder, Murilo Batista Prado, de 25 anos, era responsável por levar, de carro, os assassinos até os locais das execuções. Ele, junto ao Magrelo, também transportava cargas de drogas do Paraguai até Rio Claro.

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Murilo Batista do Prado, 25 anos, que tenta substituir Magrelo na liderança do grupo

Adalberto Aldivino Batista do Prado, o Divino, pai de Murilo
Leandro Agostinho Fernandes, conhecido como Filho do Turco. Ele seria aliado de Murilo na disputa pelo Bando do Magrelo
José Orlando Rodrigues, o Zóio, aliado de Murilo e morto em retaliação a um ataque supostamente comandado pelo jovem
Michael Diego de Moraes, uma das supostas vítimas do grupo
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Anderson Ricardo, o Magrelo, chefe do Bando do Magrelo, preso em 2023

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Murilo Batista do Prado, 25 anos, que tenta substituir Magrelo na liderança do grupo

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Adalberto Aldivino Batista do Prado, o Divino, pai de Murilo

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Leandro Agostinho Fernandes, conhecido como Filho do Turco. Ele seria aliado de Murilo na disputa pelo Bando do Magrelo

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José Orlando Rodrigues, o Zóio, aliado de Murilo e morto em retaliação a um ataque supostamente comandado pelo jovem

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Michael Diego de Moraes, uma das supostas vítimas do grupo “dissidente” de Magrelo. Ele desapareceu em 29 de abril de 2024 depois de receber um telefonema

Arquivo Pessoal

Mortes, tráfico e “caguetagem”

Dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) apontam que, em 2020, 21 pessoas foram assassinadas na cidade. O número praticamente dobrou no ano seguinte, aumento atribuído à atuação do Bando do Magrelo.

Além dos homicídios e narcotráfico, o Bonde do Magrelo informava a polícia, de forma anônima, sobre reuniões e atividades envolvendo o tráfico de drogas dos rivais, “eliminando a concorrência”, por meio da “caguetagem”, ou seja, delatando o PCC.

Em uma denúncia obtida pelo Metrópoles, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público de São Paulo (MPSP), afirmou que as execuções promovidas pela quadrilha, em via pública, com disparos de fuzil em plena a luz do dia, “colocam tristes holofotes na cidade”.

Raio de ação

O Gaeco identificou, a partir de mensagens trocadas entre a quadrilha, que o bando comercializa drogas com ao menos oito cidades.

Os diálogos foram acessados após a apreensão do celular de Rogério Rodrigo Graff de Oliveira, o Apertadinho. Ele também está preso, sob a suspeita de participação no de um empresário em São Pedro, em junho de 2022.

De acordo com as conversas no celular, o bando de Magrelo mantém contatos comerciais para a venda de drogas, em Louveira, Pirassununga, Leme, Americana, Sumaré, São Carlos e Jundiaí, todas no interior paulista.

“Bando não é facção”

Em entrevista dada à reportagem em maio do ano passado, a desembargadora Ivana David, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), afirmou que a quadrilha ainda não tem tamanho para ser considerada uma facção:

“Esse bando não é uma facção, ainda não tem tamanho para isso. São oito denunciados, que se opõem ao PCC naquela região, brigando por território. Esse ‘Patrão’ compra droga que vem do Paraguai e quer ter o poder de vender em a toda região de Rio Claro, que é rica.”

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Criminosos de quadrilha do interior posam com pistolas

Willian Ribeiro de Lima Diez, o
Criminoso segura fuzil em sala de casa
Anderson Ricardo de Menezes, o
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Rafael Freitas dos Santos, o “Nariz Torto”, posa segurando dois fuzis

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Criminosos de quadrilha do interior posam com pistolas

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Willian Ribeiro de Lima Diez, o “Feio”, apontado como braço direito de Magrelo

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Criminoso segura fuzil em sala de casa

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Anderson Ricardo de Menezes, o “Magrelo”, apontado como líder da quadrilha que se opõe ao PCC no interior de SP

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À época, a Promotoria destacou em uma denúncia que algumas das vítimas do bando de Magrelo estavam envolvidas com o tráfico de drogas.

“A consequência de quem ousa contrariar as determinações de Anderson Ricardo é uma só: a morte!”, afirma o MPSP na denúncia.

Racha no bando

Magrelo foi preso em 23 de maio do ano passado, usando documento falso na cidade de Borborema, a cerca de 210 km de distância de Rio Claro e a quase 380 km da capital paulista.

Seis dias antes, ele fugiu da polícia por um buraco no muro da mansão em que morava, em Ipeúna, no interior paulista, durante uma operação conjunta do Gaeco e da PM.

A ida de Magrelo para o sistema carcerário, no entanto, gerou um racha no bando e insuflou a ganância de antigos aliados. Em especial, de Murilo Batista Prado, de 25 anos, segundo relatório policial obtido pelo Metrópoles.

O jovem se apresenta como empresário e desfez a parceria com o Magrelo após um desentendimento.

Com o líder ainda preso, Murilo se mostrou disposto a tomar o lugar do Magrelo no controle do tráfico de drogas da região, o que resultou em uma onda de assassinatos na região. A briga entre os dois deixou cinco mortes “oficiais” de junho até os dias atuais.

A Polícia Civil investiga se Murilo é uma das duas vítimas encontradas carbonizadas dentro de um carro, há cerca de dois meses em, uma área rural de Ipeúna, no interior Paulista.

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