O Projeto Borboletas segue com as ações de atendimento psicológico gratuito em Salvador, chamando a atenção da população para a importância dos cuidados com a saúde mental. Desenvolvida pelo psicólogo e instrutor de inteligência emocional da Guarda Civil Municipal, Antônio Lacerda, a iniciativa é realizada aos sábados, das 8h às 12h, na Lagoa dos Pássaros, na Primeira Travessa Arnaldo Lopes da Silva, 108, no Stiep, para pessoas de todas as idades.
O objetivo do ‘Borboletas’ é prevenir diversos males que afetam o psicológico das pessoas, principalmente no período pós-pandemia, onde muitas pessoas foram afetadas pelas consequências da Covid-19, como ansiedade e depressão. Quem procura o atendimento faz a inscrição no próprio local, passa pela assistente social e, posteriormente, recebe acolhimento profissional. As sessões são individuais, com um psicólogo por paciente, com duração de 30 a 40 minutos.
De acordo com Lacerda, o local escolhido para as ações contribui para o processo terapêutico, devido ao contato com a paz que a natureza proporciona. “Os momentos revelam a necessidade de diálogo, de conhecer grupos, de entender que o outro faz parte da comunidade como todo e que a prevenção é tudo”, pontuou.
Demais locais
Além do atendimento na Lagoa dos Pássaros, o projeto se expande em palestras em escolas da rede pública, equipamentos municipais e ações comunitárias, buscando trazer acolhimento ao tratar de saúde mental. A intenção é oferecer à população mais um serviço que auxilia a ter uma melhor qualidade de vida nos âmbitos psicológico e social.
Nesta sexta-feira (7), alunos da Escola Municipal 15 de Outubro, na Fazenda Grande do Retiro, receberam orientação sobre temas como violência, respeito e inteligência emocional. No mês passado, em alusão ao Setembro Amarelo, campanha de prevenção ao suicídio, os assistidos do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Boca do Rio participaram de uma roda de conversa, onde foram abordados assuntos como assédio moral, autoconhecimento e técnicas de prevenção ao suicídio.
“Essa temática sempre foi um tabu em nossa sociedade. É essencial rodas de conversas como essa, onde criamos laços para fortalecimentos de vínculos. É importante que, durante todo o ano, possamos discutir e combater o suicídio”, disse o psicólogo.
A dona de casa Thiale Batista, de 24 anos, disse que o encontro a fez refletir ainda mais a respeito sobre a necessidade de preservar a saúde mental. “Que possamos ter mais oportunidades de escutar as pessoas. Muitas vezes não percebemos o quanto alguém precisa apenas de um abraço, um conforto ou um apoio”, declarou.