Nos últimos anos, o brasileiro perdeu o poder de compra e já não costuma fazer grandes estoques de alimentos para passar o mês. Com cada vez mais pessoas comprando somente o necessário, cresceu o número de mercadinhos de bairro – como armazém, padaria e hortifruti. É o que aponta a pesquisa do Sebrae, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
O aumento desses estabelecimentos foi registrado entre 2018 e 2021. Durante a pandemia, a criação dos novos empreendimentos subiu 12%. O analista de Competitividade do Sebrae, Vicente Scallia, explica que o desemprego também foi um fator importante para algumas famílias buscarem o empreendedorismo.
Outro motivo é que o setor alimentício é prioridade na renda dos brasileiros, já que é considerado serviço essencial. Foi por isso que Alexandro Crema, de 48 anos, decidiu abrir uma quitanda, há menos de 10 meses, em um condomínio de Osasco, São Paulo. Ele conta que é um setor pouco afetado por crises e que já tinha o desejo de trabalhar no ramo.
Ainda de acordo com o Sebrae, o porte das empresas abertas, por serem menores e de bairro, ficou com a modalidade MEI, Microempreendedor Individual. O especialista do Sebrae, Vicente Scallia, afirma que a tendência é que os tradicionais mercadinhos sejam melhorados e ganhem mais adesão nas cidades.
O levantamento mostra que o Brasil tinha pouco mais de 38 mil microempreendedores individuais, em 2018, número que saltou para 56 mil, em 2021. O número de comércios nessa modalidade fechados também reduziu. Foram 40 mil encerrados em 2018, contra pouco mais de 17 mil, no ano passado.
Economia Aumento desses estabelecimentos foi registrado entre 2018 e 2021 Brasília Redução da taxa de energia vai favorecer pequenos negócios, diz Sebrae 21/04/2022 – 19:00 Nádia Faggiani/ Renata Batista Sayonara Moreno – Repórter da Rádio Nacional Sebrae Empreendedorismo mercado de bairro quinta-feira, 21 Abril, 2022 – 19:00 185:00