Cerca de 80 representantes de municípios baianos participaram, de forma virtual, da reunião de monitoramento das arboviroses urbanas (dengue, zika e chikungunya), promovida pela Secretaria da Saúde da Bahia, nesta quarta-feira (4). Eles representam os 5 núcleos regionais de saúde e dos 17 municípios que hoje são considerados de alto e altíssimo risco para epidemia de dengue.
Os 17 municípios com coeficiente de incidência para dengue maior que 100 casos para cada 1000 habitantes ficam localizados nos núcleos de saúde Sudoeste, Sul, Oeste, Centro-Norte e Norte. São eles: Urandi, Floresta Azul, Coaraci, Potiraguá, Apuarema, Santa Cruz da Vitória, Mirangaba, Caatiba, Oliveira dos Brejinhos, Chorrochó, Remanso, Abaré, Caculé, Itajuípe, Caldeirão Grande, Érico Cardoso e Ipupiara. Outros 8 municípios estão em alerta do mesmo nível para chikungunya e 1 para zika.
A epidemiologista chefe da Coordenação de Doenças por Transmissão Vetorial, Sandra Oliveira, explicou que, entre as ações dos planos de contingência, os municípios precisam dar atenção especial para as devidas notificações no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). É a partir destes dados que a Sesab norteia as ações de mapeamento para apoiar os municípios no combate às endemias.
Salas de monitoramento
Segundo a secretária Adélia Pinheiro, as salas de monitoramento dos municípios em alerta precisam de no mínimo três técnicos para fortalecer as ações como fiscalização de terrenos urbanos, mutirões de limpeza e fornecimento regular de água.
“É preciso inserir a população nas ações de combate a essas endemias com sensibilização e educação. Máquinas de UBV pesado devem ser a última medida a ser adotada, afinal os vetores de disseminação (o mosquito aedes aegypti) podem ser eliminados antes ainda de estarem na fase alada, que é quando transmitem o arbovírus”, explicou a secretária que, além de médica, também é doutora em saúde pública.
As arboviroses como dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana, são doenças epidêmicas transmitidas pela fêmea adulta do mosquito Aedes aegypti. O crescente aumento no número de casos dessas arboviroses está diretamente associado à ampla disseminação das populações do Aedes aegypti. Por isso é tão importante a eliminação dos criadouros.
Entre as ações já tomadas pela Sesab para evitar que as endemias se tornem epidemias nos municípios estão a disponibilização de insumos como soro fisiológico, sais de reidratação oral, dipirona, paracetamol e aquisição de novas máquinas para aplicação de UBV costal.
Na área de qualificação de recursos humanos na assistência, foi disponibilizado material pedagógico para o treinamento de profissionais de saúde nas unidades de urgência e emergência.
“Os profissionais precisam estar preparados para fazer a identificação correta dos sintomas das doenças. Quando não tratada adequadamente, a dengue e chikungunya levam a óbito”, alertou a secretária Adélia Pinheiro.