A vida não foi fácil para Seu Jorge. Em entrevista ao Podpah, no YouTube, o cantor relembrou de quando morou na rua, antes de iniciar a carreira artística e passar a viver da música. “Sofri muito”, disse.
“Em 1990 decido não trabalhar de carteira assinada e isso foi um problema porque meus pais e meus tios são tudo da década de 30. Eu sou filho de pais retintos que também são filhos de pais retintos e a gente veio de um lugar de negritude”, começou contando a história.
Seu Jorge seguiu lembrando que mesmo em situação de vulnerabilidade, decidiu continuar persistindo na arte: “Eles [os familiares] estavam esperando o telefone tocar e alguém dizer ‘tá preso’. Eu estava vivendo em uma condição de rua para fazer isso”.
E prosseguiu: “Falava [para a família] que estava no teatro, fazendo minhas coisas, ninguém acreditava, achavam que era papo furado, que estava andando com gente torta”.
O artista ressaltou que sempre foi otimista e acreditava que iria vencer. “Sofria muito, pra caramba, mas com resiliência e criando casca. Tinha uma necessidade grande de ter dignidade. Eu sabia que a música ia me ajudar a restaurar minha dignidade. Sempre soube e isso me mantinha calmo”, pontuou.
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Seu Jorge finalizou comentando que sua família acabou se redimindo com o passar dos anos e das suas conquistas. “Muito tempo depois, meu tio e meu pai me pediram perdão e eu falei: ‘não tem sentido’. É que a gente não aprendeu a sonhar. Sonhador pra gente era perdedor e perda de tempo”, encerrou.