São Sebastião – Em visita ao litoral norte de São Paulo uma semana após a chuva que matou 57 pessoas e deixou 4 mil pessoas sem moradia, o vice-presidente Geraldo Alckmin defendeu que parte dos desabrigados e desalojados da cidade sejam acomodados entre 1,5 mil unidades habitacionais que o governo de São Paulo e a Caixa Econômica Federal estão finalizando na cidade vizinha, Bertioga. São residências que seriam destinadas a outras pessoas que também aguardam moradia regular, mas que teriam de continuar na fila.
“É o programa Entidades, designado para famílias de Bertioga. Mas, talvez, nós vamos verificar com a Caixa Econômica Federal e com a Prefeitura (para que) uma parte possa ser liberada (para os desabrigados)”, afirmou Alckmin.
Os apartamentos são fruto de uma parceria assinada pelo governo federal, no programa Minha Casa, Minha Vida, e do governo de São Paulo, pelo Casa Paulista, e a Prefeitura de Bertioga. As unidades seriam destinadas para o município, que tem fila própria, e às entidades que indicariam sem-teto ou pessoas que vivem em habitações precárias.
Tarcísio de Freitas e Geraldo Alckmin
Governador Tarcísio de Freitas e vice-presidente Geraldo AlckminFábio Vieira/Metrópoles
Tarcísio de Freitas e Geraldo Alckmin em São Sebastião
Tarcísio de Freitas e Geraldo Alckmin em reunião em São SebastiãoFábio Vieira/Metrópoles
anielle franco
Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em São SebastiãoFábio Vieira/Metrópoles
são sebastião prefeito ministro
Prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, em reunião com ministrosFábio Vieira/Metrópoles
são sebastião
Prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, em reunião com ministrosFábio Vieira/Metrópoles
Geraldo Alckmin visita São Sebastião, no litoral de São Paulo
Geraldo Alckmin visita São Sebastião, no litoral de São PauloDenio Simões/MIDR
Geraldo Alckmin em navio que funciona como hospital de campanha em São Sebastião
Geraldo Alckmin em navio que funciona como hospital de campanha em São SebastiãoDenio Simões/MIDR
Corpo de vítima é retirado pelos bombeiros na Barra do Sahy em São Sebastião, litoral norte de São Paulo 1
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Bombeiros, exército e voluntários fazem buscas de vítimas da chuva na Barra do Sary em São Sebastião, litoral norte de São Paulo 28
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Bombeiros, exército e voluntários fazem buscas de vítimas da chuva na Barra do Sary em São Sebastião, litoral norte de São Paulo 26
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Bombeiros, exército e voluntários fazem buscas de vítimas da chuva na Barra do Sary em São Sebastião, litoral norte de São Paulo 25
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Bombeiros, exército e voluntários fazem buscas de vítimas da chuva na Barra do Sary em São Sebastião, litoral norte de São Paulo 19
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Alckmin disse, porém, que a acomodação das vítimas de São Sebastião nessas unidades vizinhas seria temporária, até que outra solução fosse apresentada. Ele não disse quando as unidades ficarão prontas.
O vice-presidente da República acrescentou que a habitação é uma das prioridades do governo federal e lembrou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumentou o teto dos gastos públicos, no fim do ano passado, subiu as dotações destinadas ao sertor para R$ 10,4 bilhões, ante um orçamento original de R$ 82 milhões. “E a maior parte é para a faixa 1 (a população beneficiada pelo Minha Casa, Minha Vida com menor renda, de até três salários mínimos)”, afirmou.
Os desabrigados e desalojados após os deslizamentos no litoral norte estão vivendo em escolas da região, casas de parentes e em residências onde trabalham como caseiros. Parte dessas família aguarda vistorias da Defesa Civil para tentar retornar aos seus imóveis.
Relações com São PauloAlckmin participou de reunião em uma mesa montada no palco do Teatro Municipal de São Sebastião com o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos); o prefeito local, Felipe Augusto (PSDB); e os ministros Anielle Franco (Igualdade Racial) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional); além de prefeitos de cidades vizinhas e secretários estaduais.
O vice-presidente, que governou o estado de São Paulo quatro vezes, chegou a colocar a mão no ombro de Tarcísio ao elogiar o trabalho que o governador vem fazendo na condução da crise.
O ex-governador, porém, fez uma série de elogios ao fato de a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) ser uma empresa estadual em meio aos planos de Tarcísio de privatizá-la.
“A Sabesp é uma empresa estadual, uma boa empresa, que opera aqui nos quatro municípios do litoral norte e tem investimentos aqui vultosos, sendo tanto na área de água quanto de saneamento básico”, afirmou Alckmin, depois de perguntado sobre ações de saneamento básico para a região, que não é universalizado.
Ainda falando sobre obras de saneamento, Alckmin complementou a frase, se dirigindo ao governador de São Paulo: “Tudo o que o governo federal puder ajudar, Tarcísio, a ordem do presidente Lula é parceria.”
Nessa sexta-feira (24/2), o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), que foi vice de Alckmin, e, depois, ele mesmo governador de São Paulo, também havia elogiado uma empresa pública – na ocasião, o Porto de Santos – cuja privatização é defendida por Tarcísio.
O governador de São Paulo saiu da reunião sem falar com a imprensa.