Depois de julgar e condenar os primeiros três réus pelos atos de 8 de Janeiro de 2023 em sessões presenciais na semana passada, o STF (Supremo Tribunal Federal) vai decidir sobre os próximos seis casos no plenário virtual. A presidente do Supremo, ministra Rosa Weber, marcou sessão extraordinária para o julgamento com início na próxima terça-feira, 26, e previsão de término até 2 de outubro. Antes, os advogados de defesa têm até segunda-feira, 25, para enviar suas sustentações orais em vídeos. Os réus são João Lucas Vale Giffoni, Reginaldo Carlos Begiato Garcia, Jupira Silvana da Cruz Rodrigues, Nilma Lacerda Alves, Davis Baek e Moacir José dos Santos. O ministro Alexandre de Moraes, relator das ações, já havia pedido que a análise dos próximos da lista fosse transferida para o ambiente virtual para acelerar os mais de 200 processos. Esses são os casos considerados mais graves, de pessoas que invadiram e atacaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Em outros 1,1 mil casos, de integrantes do acampamento em frente ao Quartel General do Exército, o STF autorizou a PGR (Procuradoria-Geral da República) a propor acordos.
Moraes negou nesta quarta-feira, 20, um pedido do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para que os julgamentos continuassem a ser feitos no plenário presencial. Os três primeiros réus dos mais de mil denunciados pelos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram condenados a penas de 14 a 17 anos de prisão, além de multas. As longas sessões do julgamento incluíram divergências sobre os crimes, bate-boca entre ministros e ataques de advogados de defesa dos réus ao STF e seus integrantes.