O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decide na próxima terça-feira (18/4) se as famílias da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, poderão ter acesso aos autos da investigação sobre o mandante do crime.
Os familiares de Marielle e Anderson entraram com um pedido no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em 2022, pedindo acesso aos autos do inquérito, mas o pedido foi negado. As famílias, então, tentam reverter a decisão no STJ.
A defesa dos familiares alega que as trocas frequentes no comando da Polícia Civil e na Força Tarefa do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro podem ter impactado o caso.
Os advogados das famílias alegam também que o acesso da família aos autos é uma forma de o crime não continuar impune.
Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados no dia 14 de março de 2018 e, até hoje, as investigações não apontaram o mandante do crime. A família crê que saída de Jair Bolsonaro e a chegada de Lula, cujo governo se comprometeu com a solução do caso, acelere as investigações.
Foram presos até hoje apenas dois ex-policiais, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, em 2019, acusados de serem os executores da vereadora e de seu motorista.