Depois dos encontros do Irã contra Estados Unidos e da Tunísia com a França, uma partida que fecha a última rodada da fase de grupos da Copa do Mundo 2022 traz à tona um contexto político polêmico, que deve ser reaceso no jogo desta sexta-feira (1/12). Sérvia e Suíça jogam pelo grupo G, o mesmo do Brasil, reeditando uma partida que já tinha ocorrido na fase de grupos da Copa de 2018 e que deu muito o que falar.
Na ocasião, os suíços venceram os sérvios de virada por 2 x 1, com gols de Shaqiri e Granit Xhaka. Os dois jogadores são de famílias albanesas. A Albânia fazia parte da Iugoslávia, assim como a Sérvia. Ao longo dos anos, os dois países tiveram uma série de conflitos.
O mais recente deles, durante a década de 90 quando houve a dissolução da Iugoslávia. Neste processo, sérvios acabaram promovendo uma limpeza étnica, promovendo massacres e perseguição a todos aqueles que moravam na Albânia.
Neste contexto nasceram Shaqiri e Xhaka, que tem 31 e 30 anos cada. Após marcarem os gols que decretaram a vitória, os dois jogadores não esqueceram suas raízes e repetiram com as mãos o símbolo da águia negra, presente na bandeira albanesa.
O gesto causou um choque para os sérvios, que se revoltaram com a provocação. O lado suíço também não digeriu bem a atitude, tendo em vista que os dois jogadores defendem a seleção suíça. Os dois acabaram punidos à época com a aplicação de multas e o assunto se deu por encerrado.
Mas só até agora, pois os dois estarão mais uma vez frente à frente com a seleção da sérvia. Por mais que haja uma tentativa de amenizar o clima, o assunto ronda a partida desde o sorteio dos grupos.
Como não bastasse o clima nada ameno, a partida definirá quem avança e quem dará adeus para o Mundial. Os suíços são os 2º colocados da chave com 3 pontos, enquanto os sérvios somaram apenas 1 até aqui. Quem conseguir somar os dois pontos, carimba a vaga na próxima fase.
As duas seleções se enfrentam às 16h (horário de Brasília), com transmissão em tempo real no Metrópoles.
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