O temporal que atinge o Estado do Rio de Janeiro desde o final da tarde deste sábado, 12, deixou a capital fluminense — sobretudo a zona norte — e a Região Metropolitana em estado caótico. As chuvas deixaram ao menos sete pessoas mortas e uma mulher desaparecida em Belford Roxo. O aguaceiro provocou alagamentos em diversas vias, afetando o funcionamento de linhas de ônibus e do metrô. A Avenida Brasil sofreu alagamentos e precisou ser fechada. O prefeito Eduardo Paes fez um apelo para os cariocas evitarem uma das principais vias do Rio. A situação se agravou com a inundação do subsolo do Hospital Ronaldo Gazolla, que ficou sem energia, levando ao cancelamento de alguns concursos e provas programados para o domingo. O Centro de Operações Rio elevou o nível de alerta para o estágio operacional 4, o segundo mais alto na escala de riscos. Em Niterói, o alerta alcançou o nível máximo. A Defesa Civil registrou mais de 30 bolsões d’água, 15 pontos de alagamento e cinco quedas de árvores.
A Defesa Civil informou que uma morte ocorreu em Ricardo de Albuquerque (desabamento), uma em Acari (afogamento), uma em Nova Iguaçu (homem atingido por descarga elétrica) e uma São João de Meriti (provável afogamento). As outras três ainda não foram detalhadas. Houve mais de 180 ocorrências atendidas relacionadas às chuvas, incluindo desabamentos, deslizamentos de barreiras e quedas de postes. Diante da situação crítica, o governo do Estado mobilizou uma força-tarefa para garantir ajuda humanitária e apoio logístico aos municípios afetados. O governador Cláudio Castro afirmou, em nota, que está em contato direto com os prefeitos, acompanhando a situação e agilizando a atuação das secretarias. A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos montou um centro de preparo e distribuição de refeições no Restaurante do Povo de Duque de Caxias. O governo também enviará maquinários, incluindo retroescavadeiras, para os municípios mais impactados.