As festividades de réveillon e do padroeiro em Cumuruxatiba não registram números de maior violência, segundo boletim do 3º Pelotão da Polícia Militar do Prado. De acordo com o subtenente Agnaldo Lima, os números resultam da intensificação no combate ao tráfico de drogas e à retirada de armas da sociedade. “Se atacarmos a origem da violência, vamos acabar diminuindo a criminalidade. Esta é a lógica”, argumentou.
A determinação do atual trabalho é do Major Leão, comandante da 43ª Companhia Independente da Polícia Militar de Itamaraju, responsável pela segurança ostensiva no município pradense.
Durante os festejos de São Sebastião, na tradicional Festa do ‘Pau de Bastião’, há apenas uma ocorrência envolvendo um homem acusado de tráfico de drogas, que foi detido e apresentado à justiça criminal. Nenhum outro registro de maior violência. Neste período, segundo a Polícia Militar, foram mantidos 15 policiais durante o dia e outros 15 durante a noite, inclusive com a presença do Pelotão Especializado de Operações Táticas (PEOT) e da Companhia Independente da Polícia Especializada (CIPE/Mata Atlântica, antiga CAEMA).
Diariamente a Polícia Militar do Prado trava uma luta contra a criminalidade. Os resultados surgem à cada dia. Além do trabalho de repressão, os bons números resultam da parceria com a comunidade. Isto porque a Polícia Militar realiza abordagens de conscientização, antes das ações punitivas, além de manter projetos educativos, como o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD).
É por este histórico que os índices de criminalidade diminuíram no município, que fica localizado em região litorânea e tem sua população aumentada no período de verão. Fato bastante difícil de acontecer.
Contando com pouco mais de 27 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Estatísticas e Geografia (IBGE), na alta temporada a população do município pradense chega a ser três vezes maior, por conta do número de turistas que se hospeda nos mais de 6 mil leitos e em residências de temporada, de amigos e de familiares.
É um trabalho difícil há cada ano. Em 2014, o município não registrou nenhuma morte por acidente, como em anos anteriores. Os homicídios registrados têm ligação direta com o tráfico de drogas e com desavenças entre a vítima e bandidos, com fatos anteriores ao período e difíceis de ser prever quando o intento criminoso será posto em prática. Dos homicídios já registrados, um tinha envolvimento com o tráfico de drogas, outro resultava de um crime de homicídio praticado há mais de 10 anos atrás e outro era de pessoas de fora do município que tiveram desavença.
A polícia não pode prender as pessoas apenas porque elas têm a intenção de cometer o crime. Esta é uma explicação ao fato de, mesmo mapeando os crimes de maior incidência de violência, não se pode ferir os direitos dos cidadãos, mesmo sabendo de sua participação no mundo criminoso. Ainda assim, nada se pode fazer, sem que ele produza o resultado criminoso. É isso o que está na lei e ninguém deve estar acima da lei.
Por | Primeiro Jornal
