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‘Tropa’ do Carrefour que usa câmera corporal já é 40% da de SP

Foto: Divulgação

‘Tropa’ do Carrefour que usa câmera corporal já é 40% da de SP 20 de abril de 2024 | 19:58

O Grupo Carrefour investiu R$ 16 milhões na aquisição de 4.000 câmeras corporais para os funcionários que cuidam da segurança das lojas. Essa ‘tropa’ de vigilantes equivale a 40% da força da Polícia Militar de São Paulo que usa equipamentos desse gênero.

Uma pesquisa feita pela rede com seus funcionários mostrou que 8 em 10 funcionários aprovam a iniciativa. Para eles, as câmeras contribuem para a segurança das lojas e dos clientes, ajudando a reduzir incidentes.

O grupo, que reúne Carrefour, Atacadão e Sam’s Club, conta com cerca de 6.000 funcionários atuando na segurança.

O investimento foi feito após uma série de casos envolvendo problemas com os seguranças que atendem o grupo. No mais rumoroso deles, um homem negro foi espancado até a morte em uma loja de Porto Alegre (RS), em 2020.

No ano passado, um casal foi agredido em Salvador após furtar leite em pó. Entidades atribuíram o caso a práticas racistas da rede.

EM AÇÃO

Um levantamento parcial, realizado logo após a utilização das câmeras em 150 unidades do grupo no país, mostrou a redução de 30% nos incidentes entre vigilantes e clientes.

Vice-presidente de transformação do Grupo Carrefour, Marcelo Tardin, afirma que os casos envolvendo situações de racismo, violência e morte de clientes, fizeram com que a companhia mudasse seus protocolos para garantir um ambiente seguro.

Os funcionários —não só os da segurança— recebem, por exemplo, cursos relacionados à questão racial.

“Acreditamos que essa iniciativa é um avanço importante que o Grupo Carrefour Brasil está levando para o setor varejista brasileiro. Reconhecemos o nosso tamanho e a nossa responsabilidade e temos o dever de propor ações inovadoras que possam conduzir o varejo a um novo patamar”, diz Tardin.

REFERÊNCIA

A iniciativa do Carrefour replica ideia adotada pelo governo paulista, que vinha sofrendo críticas por abuso de poder nas abordagens policiais.

A gestão do ex-governador João Doria adotou as câmeras para dar mais transparência ao trabalho da Polícia Militar.

A Secretaria de Segurança Pública afirma que os contratos de manutenção das cerca de 10 mil câmeras geram um investimento mensal de R$ 8 milhões. Pouco mais de 52% da corporação utiliza as câmeras.

O governo Tarcísio de Freitas deu declarações ambíguas sobre a continuidade da política, mesmo tendo anunciado edital para a compra de 3.125 novas câmeras.

Julio Wiziack/Folhapress

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