Atualmente, a ciência tem dedicado diversas pesquisas para estudar a relação entre os jovens e o sexo, e é unânime: a geração atual está transando cada vez menos e buscando cada vez mais o auxílio de terapia sexual.
Apelidado de “apagão sexual”, o fenômeno foi observado pelos estudiosos do Instituto Karolinska, em Estocolmo, na Suécia, e pelo Departamento de Medicina da Universidade de Washington em St. Louis, nos Estados Unidos.
De acordo com a pesquisa, considerando-se a faixa etária de 18 a 24 anos, 31% dos homens e 19% das mulheres disseram não ter tido relações nos 12 meses anteriores. Em 2002, menos de 20% deles e 15% delas diziam não ter transado nesse mesmo intervalo de tempo.
Sendo a sexualidade um fenômeno com partes psicológicas, fisiológicas e sociais, é difícil definir um ponto único de influência para a diminuição do comportamento sexual de toda uma geração. Contudo, direta ou indiretamente, o fato é que os números podem ser, também, consequência da maior taxa de ansiedade.
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“O mundo, o mercado de trabalho e a economia cada vez mais agressiva têm trazido um senso de urgência negativa e uma desesperança para a geração atual, o que contribui para uma ansiedade generalizada”, elucida o terapeuta sexual André Almeida.
Além disso, o especialista lembra que o próprio processo de flerte tem sido constantemente reconfigurado, e há outras formas de se chegar ao comportamento sexual, inclusive aplicativos específicos para isso.
“Podemos pensar também no próprio ‘lidar’ com o sexo e na masculinidade tóxica, que vem com as gerações anteriores, e inflaciona a quantidade de comportamentos sexuais que têm em censos e pesquisas para a manutenção de seu status quo”, diz.