A conversa entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha, na tarde de segunda-feira (28/08), não rendeu uma definição de qual pasta o deputado André Fufuca (PP-MA) vai despachar. O Progressistas quer um ministério de grande orçamento e insiste no Desenvolvimento Social, de Wellington Dias.
O petista resiste no cargo. Ontem participou de reunião do diretório do PT em São Paulo e tem compromissos como ministro até quinta-feira (31/08), quando viaja ao Piauí, seu Estado, para lançar o PAC e o programa Brasil Sem Fome.
O programa de alimentos, aliás, é o grande trunfo de Dias para se segurar no cargo. O ministro diz que o governo Lula 3 vai “erradicar a fome no país”. Em vídeo divulgado há duas semanas, disse que vai continuar avançando com o trabalho que Lula o designou.
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A minirreforma já foi anunciada diversas vezes e a falta de definição irrita o Centrão. Ontem, o Republicanos fez chegar um recado ao presidente Lula (PT) de que os caciques do partido estão irritados com a demora. Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) vai para Portos e Aeroportos, de Márcio França. O Progressistas já quis a Saúde, depois Desenvolvimento Social, agora Agricultura.
De certo é que se o Desenvolvimento Social for entregue ao Centrão, o Bolsa Família vai mudar de casa. As duas principais possibilidades são: Casa Civil, do petista Rui Costa, ou o ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, de Esther Dweck. Por se tratar de uma lei, o Bolsa Família teria que levar consigo outros 33 programas e passar pelo Congresso Nacional. Dependeria de Lira.
Segundo petistas, também há a questão de onde colocar Wellington Dias. Apesar de ter sido eleito senador, a ideia é que o petista não retorne ao Senado.