InícioOperação Raptores combate adulteração de veículos

Operação Raptores combate adulteração de veículos

Mais de 150 policiais militares e rodoviários federais participaram, na manhã desta quarta-feira (21) de ação de combate a crimes de trânsito e transporte rodoviário federal, envolvendo pessoas ligadas aos Departamentos Estaduais de Trânsito (DETRANS) dos estados de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo. A Operação Raptores cumpre 36 mandados de prisão, busca e apreensão nos três estados.

Segundo o MPES, 14 pessoas foram presas no Espírito Santo inclusive o suspeito de comandar a quadrilha, Wilson Patrício, dono de uma das oficina mecânica onde eram feitas as alterações nos veículos. Também estão presos: Cleidiomar Costa de Oliveira, Alberto Correa da Silva Neto, Paulo da Cruz De Melo Souza, Luiz Simão de Melo Neto, Mário Jacob, Wesllane Schoenrock Jacob, Bruno Carvalho Pimentel, Rafael Carvalho Barreto, Felipe Lago Marinho, Khened Batista dos Santos, Judival Rocha de Souza, Marcelo Belmiro Lauvres, Josenilton Costa Silva e Mailzo Quaresma Pereira.

Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de prisão e 21 de busca e apreensão no Espírito Santo, na Bahia e em Minas Gerais. Quatro oficinas estão envolvidas no esquema no Espírito Santo, duas ficam em Viana, uma em Cachoeiro e outra em Linhares.

Na mira da operação, estão quadrilhas que falsificavam documentos de instalação de eixos de carretas. Os criminosos burlavam a legislação de trânsito colocando em risco os próprios condutores dos veículos para burlarem exigências  rodoviárias. De acordo com a Policia Rodoviária federal já foram contabilizados mais de 1000 acidentes em 2017 e 800 em 2018 que podem ter sido causados por essas adulterações.

Entre os acidentes está o maior da história do Espírito Santo, que matou 23 pessoas na BR-101, em Guarapari. Ocorrido na madrugada do dia 22 de julho de 2017, a tragédia envolveu duas ambulâncias, uma carreta carregada de pedras e um ônibus de viagem que, na colisão, pegou fogo e ficou completamente destruído. O levantamento preliminar da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na época, já apontava que uma falha mecânica na carreta que carregava toneladas de pedras – possivelmente a quebra de algum dos eixos – teria provocado o acidente.

Segundo a investigação, os veículos tinham capacidade de carga aumentada irregularmente, levando risco às estradas federais. As alterações eram feitas desde a documentação, até equipamentos dos veículos, como freios e pneus. No ES a PRF já contabilizou 579 carretas fraudadas, 151 delas já tem a autoria da adulteração comprovada. Mário Jacob, membro do Detran da Bahia e Wilson, foi apontados como responsáveis pelo crime.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/Central), com apoio do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES, atuam e o objetivo é desarticular e colher provas da atuação de associações criminosas especializadas em modificações e alterações ilegais de veículos e em dados cadastrais veiculares junto aos Detrans.

Por | EShoje

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