O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu a íntegra das imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto durante o atentado contra a democracia de 8 de janeiro. A informação foi divulgada na noite deste sábado (22/4), pelo ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli.
“Já entregamos ao STF a íntegra das imagens do Palácio do Planalto do dia 8 de janeiro e uma cópia da sindicância aberta no GSI”, escreveu, nas redes sociais. A entrega faz parte de uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, que deu até 48 horas ao Gabinete de Segurança Institucional para enviar as imagens das câmeras de segurança.
Moraes também derrubou o sigilo das gravações. Cappelli já encaminhou ao ministro do STF, nos últimos dias, a identificação dos servidores que aparecem em vídeo. As imagens são alvo de uma crise interna no governo federal.
O general Gonçalves Dias deixou o cargo no comando do GSI após aparecer em filmagens durante a invasão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Palácio do Planalto. Criticado pela passividade durante os ataques, ele e outros militares do GSI, que são responsáveis pela segurança de autoridades e do Planalto, aparecem guiando os invasores para portas de saída, em clima ameno.
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Nas imagens, servidores do GSI aparecem guiando os invasores para portas de saída, em clima amenoReprodução/GSI
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GSI escoltando golpistasReprodução/CNN
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Imagens internas do Palácio do Planalto em invasão de 8 de janeiro mostram agentes e chefe do GSI junto aos golpistasReprodução/CNN
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Imagens internas do Palácio do Planalto em invasão de 8 de janeiro mostram agentes e chefe do GSI junto aos golpistasReprodução/CNN
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Imagens internas do Palácio do Planalto em invasão de 8 de janeiro mostram agentes e chefe do GSI junto aos golpistasReprodução/CNN
As filmagens do Planalto levaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a convocar uma reunião de emergência com ministros do governo para tratar sobre o assunto. Após essa reunião, Lula se encontrou a sós Gonçalves Dias. Foi quando o então ministro se explicou para o presidente e colocou o cargo à disposição.
Após o pedido de demissão, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República disse que “não haverá impunidade para os envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro”.