Igor Rickli enfrentou a ira dos evangélicos que o atacaram após ter criticado uma fala homofóbica de Edir Macedo, seu ex-patrão. Em sua rede social, o ator rebateu o ódio dos apoiadores do líder da Igreja Universal do Reino de Deus e declarou que não volta à Record nem por todo o dinheiro do mundo.
Rickli compartilhou um trecho do culto realizado pelo bispo e transmitido em rede nacional na véspera de Natal, com ataques preconceituosos à comunidade LGBTQIAP+, da qual o ator revelou fazer parte. Ele acusou o dono da Record de praticar “extorsão da fé”.
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O bispo Edir MacedoDivulgação
Edir Macedo
Edir Macedo é proprietário da Record e líder da Igreja Universal do Reino de DeusReprodução
Edir Macedo
Edir Macedo já afirmou que o coronavírus é uma “tática de satanás”Instagram/Reprodução
Bispo Edir Macedo
Edir MacedoReprodução/Instagram
“Em um mundo onde homossexualidade é crime e imperfeição… obviamente a extorsão da fé será uma virtude!”, escreveu Rickli no Instagram.
Um cidadão de bem retrucou a publicação do artista: “Extorsão da fé que te pagou muito bem a você e seus amigos ‘lacradores’. Seja homem, tenha vergonha na cara, pare de cuspir no prato que comeu”. Ele prosseguiu: “Obviamente quando eu sei que existe extorsão da fé e dali tiro meu sustento sou conivente”.
Igor Rickli, que trabalhou na Record durante 7 anos, respondeu: “Verdade. Por precisar do dinheiro, para mim e minha família, aceitei esse e muitos outros absurdos que não aceito mais. Não há dinheiro no mundo que pague uma consciência em paz”.
Igor Rickli diz que rejeita voltar à Record “por todo dinheiro do mundo”Entenda o casoDono da Record e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo proferiu frases de teor homofóbico durante culto transmitido pela TV.
“Você não nasceu mau. Ninguém nasce mau. Ninguém nasce ladrão, ninguém nasce bandido, ninguém nasce homossexual ou lésbica. Ninguém nasce mau, todo mundo nasce perfeito com a sua inocência, porém o mundo faz das pessoas aquilo que elas são quando elas aderem ao mundo”, disse o bispo.
A Aliança Nacional LGBTI+ e a ABRAFAH (Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas) protocolaram, neste fim de semana, a notícia-crime contra Edir Macedo.