Lula fechou, na quarta-feira (28/12), uma aliança direta com Davi Alcolumbre, o ex-presidente do Senado que foi um dos principais aliados de Jair Bolsonaro durante o governo.
Em uma conversa privada com Lula, Alcolumbre prometeu entregar ao governo os votos do partido na Câmara e no Senado — o que, ao menos em tese, inclui o voto do bolsonarista Sergio Moro e de Soraya Thronicke, antipetista ferrenha. Lula acreditou.
Nesta conversa, Alcolumbre afirmou que queria o Ministério do Desenvolvimento Regional. E o indicado seria o atual governador do Amapá, Waldez Góes (PDT). Lula concordou e Alcolumbre telefonou para Góes. O presidente eleito fez o convite, prontamente aceito.
Alcolumbre afirmou que tudo estava costurado com o PDT e o União Brasil. Portanto, a menos que nada mude nas próximas horas, Góes desembarca nesta manhã em Brasília, para participar do anúncio dos ministros restantes.
Alcolumbre e Waldez Góes são os principais adversários de Randolfe Rodrigues, que foi coordenador da campanha de Lula e principal nome da oposição a Bolsonaro no Senado.