InícioNotíciasPolítica“Monstro”, diz mulher estuprada por anestesista durante cirurgia

“Monstro”, diz mulher estuprada por anestesista durante cirurgia

Uma vítima do anestesista colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo, preso por estuprar pacientes sedadas durante cirurgias e gravar os atos, descreveu o médico como “monstro” em entrevista nesta segunda-feira (16/1).

“Ele estudou o quê? Para ser bicho, para ser monstro ou ele estudou para ser médico? Que para mim um homem desse não é médico, não. Para mim uma pessoa dessa é um monstro”, disse ao RJ2.

A polícia ressalta que uma segunda mulher foi estuprada durante a cirurgia para a retirada do útero, no Hospital Universitário da UFRJ, na Ilha do Fundão.

As investigações apontam que o médico mantinha mais de 20 mil arquivos com imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes em seus computadores, incluindo registros com bebês de menos de 1 ano. Ele também filmava e colecionava imagens de estupros contra pacientes anestesiadas em procedimentos cirúrgicos em hospitais públicos e particulares do Rio de Janeiro.

“Eu lembro que minha filha fica fazendo perguntas. Por que a minha mãe está assim? Aí, o doutor falou assim: ‘Tem tipo de cirurgia que a gente tem que dar um pouco mais de anestesia porque é prolongada, foi a cirurgia da tua mãe’”, contou a vítima.

Segundo a polícia, há registros de pelo menos dois estupros de pacientes, mas a análise do celular de Andres pode apontar para mais vítimas.

Em depoimento à polícia, o anestesista afirmou que esperava a “melhor hora [momento em que estava sozinho] e aproveitava” para “esfregar seu pênis nas pacientes”.

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Reprodução/Redes Sociais

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SindicânciaO Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu uma sindicância para apurar a conduta do anestesista. O Cremerj ainda investiga se o médico atuava sem registro na época dos fatos.

“Como medida preventiva, após a citação de Andres na prisão, o Cremerj já agiliza os trâmites para solicitar imediatamente a interdição cautelar dele, a fim de evitar novos riscos à sociedade”, diz a nota publicada. Ao final da investigação, o médico pode ter o registro cassado.

“O Conselho reitera que considera as acusações gravíssimas e que o caso será apurado com todo rigor e celeridade”, pontua.

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