Para financiar os atos terroristas que levaram à depredação dos Três Poderes, em Brasília, Pix foram realizados para uma loja de informática em Xinguara, no sul do Pará. A chave chegou a ser divulgada por fazendeiros da região para arrecadar verbas.
Além disso, trechos de conversas de WhatsApp, obtidos pelo site Repórter Brasil mostram o empenho de empresários para levantar recursos e manter acampamentos de bolsonaristas no Pará e em Brasília.
De acordo com a reportagem do site, os depósitos eram direcionados à USA Brasil de Xinguara, associada ao empresário Ricardo Pereira da Cunha, conhecido como “Ricardo da USA Brasil”. Ele já havia sido citado por um dos três envolvidos no atentado a bomba em Brasília, que ocorreu na véspera de Natal do ano passado.
Preso, George Washington de Oliveira Sousa disponibilizou à polícia os números de dois empresários, um deles era Cunha. Apesar de não investigado, o paraense faz parte da Direita Xinguara. Na região, o grupo é conhecido por fazer campanha pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e espalhar outdoors contra o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e a esquerda.
Além de Cunha, a reportagem cita outro empresário, Enric Juvenal da Costa Lauriano, que participou pessoalmente do ataque às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro. Lauriano não consta na lista de presos após o incidente de Brasília, mas transmitiu sua participação no ato que depredou os órgãos públicos federais.
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