Durante seis anos, a cineasta Tenille Bezerra acompanhou o cantor Mateus Aleluia em uma jornada que atravessa o documentário “Aleluia, o canto infinito do Tincoã”. A obra estará em cartaz gratuitamente na Sala de Cinema Walter da Silveira, da Fundação Cultural do Estado da Bahia, localizada nos Barris.
As sessões acontecem de terla (7) a 14 de fevereiro, com sessões às 14h, 15h, 17h ou 19h. A obra, com duração de 70 minutos, acompanha o processo de composição do segundo disco de Mateus Aleluia, articulando a obra musical de Mateus com sua memória afetiva, tecendo uma delicada trama que conecta distintos lugares e temporalidades.
“Com muita alegria recebi a notícia da exibição do documentário na Sala Walter da Silveira. Uma sensação de retornar à casa uma vez que esse espaço é tão importante na minha formação como espectadora e como cineasta. Uma sensação de estar entre os meus, uma vez que a programação do cinema é oferecida gratuitamente à população da cidade, o que garante um alcance maior para o filme. Além disso, ver a mensagem de Mateus Aleluia ecoando pelas ruas e corações da cidade a partir da Sala Walter é com certeza a concretização de uma grande alegria. Espero que todos possam aproveitar esse momento”, conta a diretora do filme, Tenille Bezerra.
Pensador inquieto, espírito revolucionário, filósofo e poeta, Mateus Aleluia é um artista que como poucos consegue olhar dentro dos olhos do século. Suas canções são reflexo de uma profunda ligação com a arte de viver. “O sonhador, o homem d’arte, é um anunciador daquilo que há de vir”, diz ele numa das cenas do documentário, que atravessa o início da trajetória no grupo vocal Os Tincoãs, e deságua na expressão artística atual.
O filme, viabilizado por meio do Edital Setorial do Audiovisual 2016, transita entre Luanda e Cachoeira sem fazer distinção dos lugares em um gesto marcante de compor uma geografia íntima, onde o tempo passeia e a todo momento se bifurca.