O Banco do Brasil apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 31,8 bilhões no ano de 2022, um crescimento de 51,3% na comparação com 2021, o que representa um retorno sobre patrimônio líquido (RSPL) de 21,1%. No trimestre, o lucro líquido ajustado alcançou R$ 9 bilhões, 52,4% acima do quarto trimestre de 2021, outro recorde para resultados trimestrais.
O Banco do Brasil decidiu provisionar R$ 788 milhões de seus créditos com as Americanas. O valor corresponde a 50% da dívida da empresa com o banco, que soma cerca de R$ 1,4 bilhão. O BB não é o maior credor da varejista. O Bradesco tem R$ 4,8 bilhões a receber e o Itaú, R$ 3 bilhões. O Santander reservou R$ 1,1 bilhão no seu balanço, 30% de sua exposição à companhia.
O resultado do BB foi obtido com o crescimento da carteira de crédito, com a inadimplência sob controle, além do fortalecimento da geração e diversificação de receitas. Nos destaques patrimoniais, os ativos totais fecharam 2022 acima de R$ 2 trilhões.
O índice INAD +90d (relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada) atingiu 2,5% em dezembro de 2022, mantendo-se abaixo do percentual do Sistema Financeiro Nacional, que encerrou o período em 3,0%.
As Receitas de Prestação de Serviços somaram R$ 32,3 bilhões em 2022, crescimento de 10,2% no ano, influenciado principalmente pelo desempenho nas linhas de administração de fundos (+11,8%), seguros, previdência e capitalização (+14,6%) e operações de crédito e garantia (+27,4%). O Banco do Brasil diversificou fontes de receitas com novos serviços e produtos, com destaque para a Loja BB.
As Despesas Administrativas cresceram 5,6% na comparação anual, abaixo da inflação acumulada em 12 meses, demonstrando compromisso na gestão de despesas. O índice de eficiência acumulado em 12 meses atingiu 29,4%, o melhor da série histórica.