Mesmo com uma hora de atraso, ao passar pelo circuito Osmar, no Campo Grande, o Olodum embalou a multidão que tomava conta da Avenida. O som inconfundível da percussão ecoava pelas ruas junto com as vozes dos milhares de foliões, que acompanhavam cada música não só com o gogó mas também com o corpo.
E foi desse jeito faceiro que o Olodum, com seu samba-reggae, deixou tudo legal no Campo Grande. A vibração era tamanha que foi capaz de arrepiar até quem já é da ‘velha guarda’, como a cozinheira Sirlene Silva, de 52 anos, que segue a banda no Carnaval há quase metade de sua vida.
“Eu me arrepiei toda quando ouvi a batida do tambor. Ave Maria! Achei que isso nunca mais fosse acontecer”, descreveu Sirlene. Parte do repertório, a canção ‘Mel Mulher’, serviu para que o Olodum deixasse um recado de paz ao público que curte a folia: “Não brigue; não mate; não morra, não”, diz a letra.
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