Quatro anos antes de morrer (em 16 de agosto de 1977, aos 42 anos em sua mansão, Graceland no Mississippi), Elvis Presley o maior ídolo da música nos EUA protagonizou em janeiro de 1973, em Honolulu, capital do Hawaii (Havaí), seu mais grandioso show, o primeiro a ser transmitido via satélite primeiramente para alguns países da Europa, Ásia e Oceania e sendo exibido depois para 40 países. Segundo noticias da época foi visto por mais de 1 bilhão de telespectadores.
No auge da beleza e da sua performance no palco, o concerto foi uma espécie de canto do cisne do Rei do Rock. Daí por diante ele entrou em um processo de decadência que o levou a morte totalmente desfigurado e irreconhecível. Não era nem sombra daquele artista que encantou homens e mulheres com sua voz forte e um repertório capaz de agradar de roqueiros a senhores e senhoras com suas baladas arrasa quarteirão.
Nos Estados Unidos, o show foi ao ar em abril e se tornou a maior audiência da história televisiva americana até então, sendo exibido na NBC, superando a audiência da ida do homem à lua (1969) estimada em mais de 1 bilhão e meio de espectadores. E o disco, como não poderia deixar de ser, foi um grande sucesso de vendas nos EUA, Japão e outros países. Segundo noticias publicadas pela imprensa, na época, “foi o conteúdo de entretenimento mais caro até aquele momento, custando 2,5 milhões de dólares.
No Brasil, onde tinha e continua tendo muitos fãs, o show não foi exibido ao vivo por uma questão técnica: os produtores fizeram uma exigência que mais da metade dos televisores teriam que ser em cores e o Brasil só começou com transmissão em cores no ano anterior, em 1972 com a Festa da Uva, no Rio Grande do Sul.
Mas a Globo não deixou os brasileiros na mão e exibiu na íntegra o show pré-gravado no dia 25 de abril, também em 1973. Dois dias antes, no dia 12 de janeiro Elvis fez um show que serviria para o caso de algo de errado acontecesse com a transmissão do dia 14. Esse show foi lançado anos mais tarde e alguns consideram que Elvis está mais solto no palco. Nesse show, Elvis interpreta desde o puro rock dos anos 50, ainda com vontade de cantar esse tipo de música, o que não aconteceria nos anos seguintes, passando por baladas, blues, gospel entre outros gêneros.
O repertório soou como um bálsamo para os fãs do artista .Desde clássicos do rock como Johnny B. Goode , Blue Suede Shoes, I Can’t Stop Loving You, Something, My way, a comovente American Trilogy, Suspicious Mind, I remember you e Can’t Help Falling In Love que ele costumava encerra suas apresentações entre outras.
Acompanhado de uma banda, uma orquestra e um coral, todos afinadíssimos, levando os fãs, principalmente as mulheres ao delírio. E o valor arrecadado, na época mais de 75 mil dólares, com a venda de ingressos foi destinado ao Kui Lee Cancer Fund. O curioso nesse show é que se Elvis não tivesse realizado, talvez pessoas de outros países dos quatro cantos mundo nunca o veriam. Afinal ele nunca se apresentou fora dos Estados Unidos. E veio a morrer quatro anos depois.
Elvis nasceu em 8 de janeiro de 1937 em Tupelo, Mississippi (EUA) mudou-se com sua família para Memphis, Tennessee aos 13 anos. Sua carreira musical começou em 1954, gravando na Sun Records, com o produtor Sam Philips. Em 1955, a gravadora RCA Victor adquiriu seu contrato através do Coronel Tom Parker, que seria seu empresário até a sua morte. Em novembro de 1956, Presley fez sua estreia no cinema em Love me Tender . Convocado para o serviço militar em 1958, relançou sua carreira musical dois anos depois, com alguns de seus trabalhos mais bem sucedidos comercialmente. Elvis foi casado com Priscilla Beaulieu e teve uma filha Lisa Marie Presley que foi casada com Michael Jackson e morreu em 12 de janeiro de 2023.