A senadora Soraya Thronicke (União Brasil) reforçou o seu pedido, nesta terça-feira (14/3), para que o Supremo Tribunal Federal (STF) determine a instalação da comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro no Senado Federal.
Para a senadora há “motivação puramente política” do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), para não instalar a CPI. Soraya Thronicke destacou no documento apresentado ao STF que subiu para 42 o número de parlamentares que apoiam a instauração do colegiado para investigar os atos antidemocráticos.
Rodrigo PachecoO presidente do Senado Federal apresentou ao STF uma manifestação contrária à instalação da CPI para investigar os atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília.
Pacheco se manifestou contrário ao primeiro pedido apresentado pela senadora Soraya Thronicke na Suprema Corte. “O requerimento foi apresentado na legislatura passada, e há disposições regimentais, cuja interpretação impedem seu prosseguimento automático, na forma pretendida pela Senadora Impetrante, a demonstrar, portanto, que a segurança há de ser denegada”, apresentou o presidente do Senado.
Entretanto, a senadora alega que todas as assinaturas são de congressistas que permanecem no exercício de seus mandatos entre as legislaturas.
“No caso dos autos, todas as assinaturas constantes na proposição de abertura da CPI são de senadores que permanecem no exercício de seus mandatos entre as legislaturas, não tendo sido contabilizada nenhuma assinatura de parlamentar cujo mandato tenha se encerrado”, pontuou a senadora no último documento apresentado ao STF.