A ministra da Saúde, Nísia Trindade, lançou nesta sexta-feira (24/3) a Campanha Nacional de Combate à Tuberculose. Em 2021, o país bateu o recorde negativo de mortes pela doença: foram 5 mil óbitos, de acordo com a pasta.
No Brasil, a tuberculose é a primeira causa de morte de pessoas que vivem com HIV/Aids, de acordo com o ministério. “[A tuberculose] continua a ser a segunda doença infecciosa que mais mata do mundo. Friso: ainda. Temos ferramentas para prevenção, diagnóstico e capacidade de ter tratamento. Por isso é lamentável que persista como problema de saúde pública”, destacou a ministra.
A doença atinge, de acordo com a pasta, principalmente as chamadas populações mais vulneráveis: pessoas em situações de rua, indígenas, refugiados, pessoas vivendo com HIV/Aids e pessoas privadas de liberdade.
O ministério anunciou, também, o compromisso de eliminar a doença até 2030. “Não estamos falando aqui de erradicação. Doenças que não têm vacina a gente elimina como problema de saúde publica, mas não erradica”, esclareceu Draurio Barreira Cravo, diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi).
Em 2022, o país registrou 78 mil casos da doença, aumento de 4,9% em relação à 2021. As informações são do novo Boletim Epidemiológico. Como ações prioritárias, o ministério pretende reduzir o coeficiente de incidência de tuberculose em 90%, além de reduzir o número de mortes em 95%, com medidas como o aumento da cobertura vacinal da BCG e a ampliação do acesso ao diagnóstico e prevenção por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
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