O Podemos escolheu um antipetista fervoroso para ocupar a vaga de suplente a que o partido tem direito na CPMI do 8/1. Mauricio Marcon, vice-líder da oposição na Câmara, foi um dos deputados que assinou um pedido de prisão contra o general G. Dias, ex-ministro do GSI do governo Lula, por omissão imprópria na invasão do Planalto.
O deputado do Podemos do Rio Grande do Sul está no primeiro mandato e já foi alvo de um pedido de cassação por ter dito em uma live que a Bahia era um lugar “sujo” e semelhante ao Haiti.
A titularidade do Podemos será do deputado paulista Rodrigo Gambale, que assinou o pedido de CPMI após a divulgação das imagens que mostravam G. Dias no Planalto no dia da invasão golpista. No Instagram, Gambale afirmou que a falta de ação de G. Dias e dos agentes do GSI deixou “evidente a omissão e o crime contra a democracia”. O Podemos considera que o parlamentar pertence à ala independente do partido.
O Podemos ganhou dois cargos na administração federal para não criar problemas para Lula, mas a relação não tem sido recíproca. Além de indicar Deltan Dallagnol para a CCJ, a comissão mais importante da Câmara, a sigla deu nove votos contrários ao requerimento de urgência para votar o PL das Fake News, incluindo os de Gambale e Marcon. O Podemos tem 12 deputados.