A defesa do tenente-coronel Mauro Cid ingressou com pedido para que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) deixe a prisão. A solicitação foi feita ao próprio relator, ministro Alexandre de Moraes e a informação foi confirmada pela equipe de reportagem da Jovem Pan com o advogado do militar, Rodrigo Roca. Na decisão que embasou a prisão do ex-ajudante de ordens, o magistrado pontuou a existência de uma associação criminosa com o objetivo de fraudar a prática de vacinação e inserir dados falsos nos sistemas do Ministério da Saúde. De acordo com Moraes, Cid e outras cinco pessoas também envolvidas teriam cometido os crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistema de informações, corrupção de menores e infração de medida sanitária preventiva. Desde o dia 3 de maio, Cid encontra-se detido no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (Bepeb).
A detenção do militar ocorreu durante a Operação Venire, da Polícia Federal, que investigou possíveis adulterações e manipulações fraudulentas nos dados de imunização contra o novo coronavírus. No relatório da corporação, os investigadores apontam o esquema criminoso e afirmam que o grupo inseriu dados falsos na plataforma ConecteSUS com a finalidade de obter vantagens ilícitas. Além disso, os agentes pontuam que Cid pediu a Luis Marcos dos Reis, na época supervisor da Ajudância de Ordens da Presidência da República, que também fraudasse um comprovante de vacinação para sua esposa, Gabriela Cid. Filho do general Mauro Cesar Lourena Cid, Mauro Cid se formou na Academia Militar das Agulhas Negras em 2000, onde também foi instrutor. Em 2018, Cid foi designado para ser o ajudante de ordens de Bolsonaro durante seu governo. Em 2022, ele foi promovido ao cargo de tenente-coronel.