Indiciado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO), nessa sexta-feira (12/5), pela prática de estelionato amoroso, Fábio Siqueira dos Santos (foto em destaque), de 35 anos, aplicou outro golpe na capital federal. A ocorrência foi registrada na 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul).
Durante uma negociação de venda de uma escola de inglês do Distrito Federal, em 2017, Fábio aproveitou-se da mudança de direção da franquia e alterou o próprio cargo na empresa: de supervisor comercial para Gestor. Ele ainda “promoveu” a mudança de função para a responsável pelos pagamentos na empresa — de auxiliar administrativo para administradora de recursos humanos.
Falso estudante de medicina recebeu doações de vítima no Entorno do DF
Homem praticava estelionato amoroso em Formosa (GO)Divulgação/PCGO
Falso estudante de medicina recebeu doações de vítima no Entorno do DF 2
Investigado também deu golpe em escola de inglês do DFDivulgação/PCGO
Falso estudante de medicina recebeu doações de vítima no Entorno do DF 1
Ele se passava por estudante de medicina da UnB para conseguir doaçõesDivulgação/PCGO
Os salários de Fábio e da colega passaram, respectivamente, de R$ 1.175,00, para R$ 3.249,00 e R$ 1.709,00 para R$ 2.521,00. As mudanças foram realizadas sem autorização das diretoras da escola.
O golpista também foi responsável pela negociação de um contrato feito com a Embaixada do Congo, no valor de R$ 28.848,00, que deveria ser pago em uma entrada de R$ 4,9 mil, mais duas prestações de R$ 19,4 mil e R$ 9,3 mil.
Porém, para a empresa, ele apresentou outro contrato no valor de R$ 3 mil, referente à entrada. Ambos os documentos foram assinados pelo embaixador.
Tanto Fábio, quanto a outra colega, justificaram que o funcionário da embaixada, responsável pelos pagamentos, estava viajando e, por isso, os depósitos ainda não haviam sido feitos. Ao irem até a embaixada, as diretoras conseguiram uma declaração de que Fábio recebeu R$ 21,3 mil, o que configurou o golpe.
Estelionatário amorosoDe acordo com as investigações conduzidas pelo delegado Yasser Yassine, da Polícia Civil de Goiás (PCGO), o investigado conheceu a vítima, de 35 anos, por um aplicativo de relacionamento e o namorou por cerca de 2 meses.
Fábio afirmava que era estudante de medicina na Universidade de Brasília (UnB). Ele mandava fotos de crianças alegando que tinham doenças e que precisava de doações. A vítima sempre doava.
Ele também afirmou que tinha interesse em levar a vítima para a sua formatura em medicina e que, para isso, ela deveria pagar o convite de R$ 1,2 mil. Além disso, deveria arcar com três vestidos — para colação, missa e festa. Na ocasião, ela comprou um vestido e deu R$ 1 mil ao estelionatário.
O investigado enganou a vítima dizendo que estava com Covid-19 e com trombose. Fábio disse que precisava de dinheiro para comprar medicamentos, e ela fez um empréstimo e repassou o valor ao namorado. A polícia não informou o prejuízo da mulher.
Após um tempo, a vítima desconfiou e descobriu que, além de não ser estudante de medicina, Fábio é casado e tem filhos. A polícia acredita que mais mulheres podem ter caído no golpe do estelionatário.
O Metrópoles não localizou a defesa de Fábio nem o suspeito. O espaço segue aberto.