InícioEditorialEsportesChefe da LaLiga se reúne com embaixador brasileiro na Espanha

Chefe da LaLiga se reúne com embaixador brasileiro na Espanha

Após declarações polêmicas pouco depois dos ataques racistas sofridos por Vinícius Júnior, o presidente da LaLiga, Javier Tebas, voltou a condenar o racismo no futebol, desta vez numa reunião com o embaixador brasileiro na Espanha, Orlando Leite, nesta sexta-feira (26). Tebas e Leite se encontraram de forma a encerrar um início de crise diplomática entre Brasil e Espanha, no início da semana, em razão das ofensas ao jogador do Real Madrid.

“Em uma reunião realizada nesta manhã, em Madri, o embaixador brasileiro na Espanha, Orlando Leite, e o presidente da LaLiga, Javier Tebas, concordaram que não há espaço no mundo de hoje para atos racistas, como aqueles que aconteceram no dia 21 de maio, em Valência, contra o jogador brasileiro Vinícius Júnior”, diz nota emitida pela LaLiga, a empresa que organiza o Campeonato Espanhol.

Como vem acontecendo desde o início da semana, a LaLiga cobrou às autoridades por punição aos envolvidos naqueles atos racistas Tebas vem insistindo que a liga não tem poder para aplicar sanções nos torcedores. “Agora é importante que as instituições relevantes hajam para identificar e punir os torcedores da maneira adequada, mandando uma mensagem clara de que todo comportamento racista e xenofóbico não será tolerado”.

Tebas entrou no olho do furacão da polêmica ao discutir publicamente com Vinícius Júnior nas redes sociais, ao rebater as críticas do brasileiro quanto à falta de ação da LaLiga para coibir o racismo nos estádios de futebol do Campeonato Espanhol. Durante a semana, o brasileiro publicou vídeo mostrando diversos episódios de racismo sofridos por ele em diferentes partidas, ao longo de meses, em diversos estádios da Espanha.

A reação de Tebas, considerada inadequada, ampliou a revolta de brasileiros contra os ataques sofridos por Vinícius Júnior. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o jogador publicamente em declarações em meio à reunião do G-7. E o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, admitiu que o Brasil poderia tomar medidas jurídicas “excepcionais” na Espanha para tentar punir os envolvidos nos atos racistas.

Após a reação brasileira, a Real Federação Espanhola de Futebol e o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, vieram a público condenar o comportamento racista dos torcedores. Luis Rubiales, chefe da federação, chegou a criticar diretamente Tebas por suas declarações.

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