A relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, foi interrompida seis vezes por parlamentares homens durante a leitura do plano de trabalho na comissão.
Eliziane foi interrompida por deputados e senadores governistas e de oposição.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido), foi o primeiro a cortar a palavra de Eliziane. Randolfe queria fazer uma intervenção para reclamar da decisão da mesa de manter o bolsonarista André Fernandes, do PL do Ceará, na CPMI. Oposicionistas chiaram, e Eliziane afirmou que não era possível normalizar as interrupções de parlamentares mulheres.
Na segunda vez, Eliziane disse que estava difícil de se concentrar porque Randolfe e o deputado Rogério Correia, do PT de Minas Gerais, estavam ao seu lado falando com o presidente da CPMI, Arthur Maia, do União Brasil da Bahia.
Arthur Maia teve de intervir mais duas vezes para pedir silêncio ao colegiado durante a fala de Eliziane. Senadores que estavam sentados nas fileiras da frente reclamaram do barulho que vinha do fundo do plenário.
O deputado Marco Feliciano, do PL de São Paulo, e o senador Marcos do Val, do Podemos do Espírito Santo, ambos bolsonaristas, também interromperam a relatora para reclamar de pontos que constavam no plano de trabalho.