Nesta segunda-feira, 7, a deputada federal Carla Zambelli (PL) compareceu à superintendência da Polícia Federal em São Paulo, para prestar depoimento sobre a Operação 3FA. A investigação apura uma suposta tentativa de invasão da parlamentar ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com a inserção de um falso mandado de prisão falso contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Contudo, Zambelli não chegou a depor, pois sua defesa não teve acesso aos inquéritos policiais, procedimentos conexos e correlatos. A parlamentar se pronunciou após a aparição e afirmou que não se sabe o que esperar da Justiça, mas que não tem medo de ser cassada. “Poucos são os deputados que têm coragem de enfrentar ou de se colocar ao lado de uma pessoa que está sendo acusada pelo ministro Alexandre de Moraes. Mais tarde, quando houve a comissão de ética, vários deputados foram lá para me defender”, pontuou.
“Não se trata de uma faculdade, mas sim de um direito da pessoa que está sendo averiguada ou intimada, conhecer todos os fatos e todas as provas — se existirem — juntadas ao processo; inobstante, seja essa pessoa deputada federal, exerça ou não cargo público ou qualquer cidadão comum. De forma prudente, a própria autoridade policial tomando conhecimento pela imprensa do que a defesa havia informado que a parlamentar não falaria nada enquanto não tivesse acesso a tais documentos determinou a redesignação do depoimento para data posterior, ainda não definida. E a defesa na sequência peticionou nos autos comprovando que não teve acesso ao conteúdo de nenhum dos procedimentos, formalizando o que havia informado em nota”, afirmou o advogado da parlamentar, Daniel Bialski.