O objetivo número um de Mauro Vieira nesta sexta-feira (13/10), ao presidir a reunião do Conselho de Segurança da ONU a partir das 16h, em Nova York, será convencer os demais membros do colegiado a agir para tentar moderar a resposta de Israel na Palestina. O principal medo do governo brasileiro é que a resposta do governo de Benjamin Netanyahu escale a guerra para um grau ainda maior de brutalidade.
A criação do cordão humanitário proposto por Lula é, segundo o Itamaraty, uma das possibilidades, mas há outras opções que, se a estratégia do chanceler for bem-sucedida, podem constar de um comunicado após a reunião. Entre elas, a extensão do prazo dado por Israel para que as pessoas deixem a Faixa de Gaza. A evacuação em 24 horas, como ordenada por Israel, não é considerada suficiente para que o Egito autorize e acolha quem decida deixar a região.
O país vizinho é a principal porta de saída de Gaza, por meio da cidade palestina de Rafa, que fica ao sul. Autoridades egípcias ainda não permitiram a entrada dos refugiados de Gaza, mas tendem a autorizar. Por isso, o Brasil tenta conseguir mais tempo para essa evacuação.
Na reunião de hoje, o papel dos Estados Unidos será fundamental. De todos os membros do Conselho de Segurança, é o mais próximo de Israel. O Brasil espera que essa relação seja usada para tentar influenciar o país na direção da moderação.