São Paulo – O deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acertaram uma estratégia para utilizar agendas do petista em São Paulo para promover a candidatura do psolista à Prefeitura da capital em 2024.
Em reunião nessa quarta (25/10), no Palácio do Planalto, os dois discutiram a possibilidade de incluir Boulos em eventos de entregas de obras do governo federal na capital paulista.
A estratégia busca fazer frente às ações do prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), que conta com um caixa turbinado, tem tocado uma série de obras simultâneas e pretende investir valor recorde de R$ 14,9 bilhões no ano eleitoral.
Embora ainda não tenham fechado as datas para a participação de Boulos nas agendas de Lula em 2024, os dois já avaliam a presença do psolista na entrega de ônibus elétricos pelo governo federal na capital, uma das pautas abraçadas por Nunes.
Em outubro, o prefeito negociou o financiamento de R$ 2,5 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a aquisição de 1.600 ônibus elétricos. A meta de Nunes é chegar a 2.400 veículos do tipo, ou 20% da frota municipal, até o fim do ano que vem.
As agendas de Boulos e Lula O presidente e o deputado também devem fazer da implementação das Cozinhas Solidárias, projeto de lei de Boulos que foi sancionado em julho por Lula, outra oportunidade de promover a candidatura do psolista e reforçar a aliança com o PT na capital.
Outras agendas conjuntas previstas são:
Expansão da área de oncologia do hospital Santa Marcelina em Itaquera, na zona leste; Avanço das obras do campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) na zona leste; Criação de institutos federais no Jardim Ângela, na zona sul, e em Cidade Tiradentes, na zona leste, áreas de periferia da capital. Segundo o último levantamento do instituto Paraná Pesquisas, Guilherme Boulos tem 35,1% das intenções de votos e está tecnicamente empatado com Ricardo Nunes, que apresenta 29% da preferência dos eleitores. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos.