InícioEditorialPolítica NacionalProjetos na Câmara e Senado propõem nova taxa e cota de conteúdos...

Projetos na Câmara e Senado propõem nova taxa e cota de conteúdos nacionais para plataformas de streaming

Se aprovada, regulação também valerá para plataformas de vídeos, como o YouTube, TikTok e Twitch

Banco de imagens/Pexels

Plataformas devem ser afetadas com regulamentação que prevê nova taxação e cota para conteúdos nacionais

Dois Projetos de Lei (PLs), um que tramita no Senado Federal, e outro na Câmara dos Deputados, propõem a criação de impostos e de uma cota para obras nacionais nos serviços de streaming, como Netflix e Amazon Prime Video. As propostas também obrigam as plataformas a pagar uma taxa de contribuição para o desenvolvimento da indústria cinematográfica nacional. A regulação também valerá para plataformas de vídeos, como o YouTube, TikTok e Twitch. De acordo com o PL 8889/17, que tramita na Câmara, empresas de conteúdo teriam que cumprir uma cota de até 20% de obras nacionais, a depender da receita bruta das empresas, e realizar repasses à Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional). O valor da taxação começa em 0%, para as empresas com receita bruta anual até R$ 3,6 milhões, e tem como limite 4%, para as plataformas com receita bruta anual acima de R$ 70 milhões.

Em entrevista à Jovem Pan News, o advogado especialista em direito digital Adriel Voltolini, os PLs não devem afetar diretamente os produtores de conteúdo: “O fato gerador nesses casos vai ser conforme a renda anual dessas big techs. Os 3% vão ser proporcionais ao quanto elas faturaram no ano, isso não impacta diretamente os influencers”. No entanto, a Câmara Brasileira de Economia Digital demonstrou preocupação quanto aos projetos de lei que tratam da regulamentação das plataformas de streaming. Segundo a entidade, caso a proposta siga adiante ela pode reduzir o acesso dos brasileiros à cultura, inibir a inovação no setor audiovisual e ameaçar a ordem econômica e a livre iniciativa. A instituição vê com preocupação o fato dos projetos incluírem, com viés de tributação, diversos tipos de conteúdo audiovisual publicados em diferentes tipos de plataformas digitais.

Ou seja, a entidade argumenta que, na prática a proposta passaria a tributar conteúdos compartilhados por pessoas comuns, causando impactos ao modelo gratuito da internet, à publicidade digital feita por pequenos anunciantes e à remuneração de criadores de conteúdo, sem nenhum mecanismo que direcione os recursos arrecadados para investimentos no próprio ecossistema de produção de conteúdo digital.

“Quando falamos de 3%, estamos falando de valores altíssimos (…) Querendo ou não, isso acaba impactando muito no orçamento das empresas, 3% de qualquer valor que elas ganhem é um valor altíssimo e esse valor vai deixar de entrar para as mesmas, para ir para o governo, para essa intenção que eles têm de incentivar a cultura brasileira, o que foi o pretexto. Porém, desta forma, pode impactar diretamente os consumidores, os influenciadores e as empresas de uma maneira geral”, criticou Voltolini.

*Com informações do repórter David de Tarso

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Últimas notícias

Turista paulista morre afogada em praia de Caraíva de Porto Seguro

Uma turista paulista, Maria Helena Alves Parpineli Barbosa, de 68 anos, morreu após se...

Ex de Jonathan Majors retira acusações de agressão contra o ator

Grace Jabbari, ex-namorada de Jonathan Majors, desistiu do processo de agressão e difamação que...

Ex-namorada retira acusações de agressão e difamação contra Jonathan Majors

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Grace Jabbari, ex-namorada de Jonathan Majors, retirou as acusações...

Adriane Galisteu expõe relacionamento abusivo: “Na terapia”

Casada com Alexandre Iódice há 13 anos, Adriane Galisteu expôs ter vivido um relacionamento...

Mais para você