O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retornou neste domingo, 18, a Brasília após ter passado parte da semana passada em agendas no Egito e Etiópia. Nesta segunda-feira, 19, o chefe do Executivo deve permanecer no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. Até às 11h desta segunda, não foi divulgada a agenda do presidente. Contudo, o ministro da Secretaria da Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, chegou pela manhã ao Alvorada para se reunir com Lula, assim como o assessor internacional da Presidência da República, Celso Amorim. A reclusão do mandatário ocorre em meio às críticas do governo de Israel em razão da comparação feita por Lula sobre a crise na Faixa de Gaza ao Holocausto.
Como o site da Jovem Pan mostrou, o ministro israelense Israel Katz afirmou que o país declarou o presidente brasileiro “persona non grata” . O termo é usado para representar que um indivíduo não é bem-vindo naquele local. “Não perdoaremos e não esqueceremos — em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao Presidente Lula que ele é uma ‘persona non grata’ em Israel até que ele peça desculpas e se se retrate”, escreveu o ministro das Relações Exteriores de Israel, nas redes sociais. Para ele, a comparação entre a “guerra justa de Israel contra o Hamas e as ações de Hitler e dos nazistas” é “um grave ataque antissemita que profana a memória daqueles que morreram no Holocausto”.