Durante as buscas e a localização de dois fugitivos da prisão federal de Mossoró (RN), um cão farejador se destacou na força-tarefa. Zyah, do Canil da Guarda Municipal de Marabá (PA), foi o responsável por encontrar um fuzil 5.56, dois carregadores e 55 munições em um dos veículos usados por Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça.
O cachorro é um dos mais velhos da guarda, com 10 anos. E levou três minutos para localizar os armamentos, escondidos embaixo do banco traseiro do automóvel.
Arma apreendida Mossoró
Fuzil, celulares e dinheiro apreendidos com foragidos de Mossoró Divulgação
Fugitivos de Mossoró recuperados
Fugitivos de Mossoró recuperados MJSP/Divulgação
Fugitivos de Mossoró presos
Fugitivos presos Divulgação
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Fugitivos de Mossoró Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento Reprodução
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Perto dali outra equipe da PRF aborda um terceiro carro, com mais dois criminosos que davam apoio para a fuga Reprodução/TV Globo
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O segundo, o carona, é Deibson Cabral Nascimento, de 34 anos, o Tatu Reprodução/TV Globo
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Zyah, cão da Guarda Municipal de Marabá encontrou fuzil de integrantes do Comando Vermelho (CV) Reprodução
O inspetor Elder Lourenço, da Guarda Municipal de Marabá, disse ao G1 que, apesar da idade, o animal não perdeu a qualidade do olfato. “Eles trabalham por amor, trabalham por prazer e no final são recompensados. Tem atenção do seu condutor e depois vão descansar”, conta.
No dia da recaptura dos fugitivos, após 51 dias de buscas que mobilizaram mais de 600 policiais, além de drones, aeronaves e cães farejadores, a Polícia Federal havia apreendido outra arma.
Fuga na madrugada Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça fugiram da prisão de segurança máxima por volta das 3h30 de 14 de fevereiro.
Os criminosos, integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), escaparam por um buraco na parede de uma das celas. Para a fuga, que é considerada a primeira desde a inauguração desse tipo de prisão no Brasil, os detentos utilizaram ferramentas da obra que ocorria na unidade prisional.
Apuração do Ministério da Justiça apontou que houve falhas nos procedimentos carcerários de segurança, mas concluiu que não há indícios de corrupção.
Em razão das falhas apontadas pela corregedora-geral, Marlene Rosa, foram instaurados três processos administrativos disciplinares (PADs) envolvendo 10 servidores.
Outros 17 servidores assinarão Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual se comprometem com uma série de medidas, entre as quais não poder cometer as mesmas infrações e passar por cursos de reciclagem.