Foto: Sandra Travassos/Agência ALBA
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Adolfo Menezes (PSD) 09 de abril de 2024 | 17:25
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Adolfo Menezes rechaçou nesta terça-feira (9) a convocação do ministro da Casa Civil Rui Costa para falar na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, presidida pelo bolsonarista Alberto Fraga.
“Trata-se de uma pantomima, de um teatro da comissão, que tem maioria oposicionista e bolsonarista. Quando aconteceu o episódio da compra dos respiradores não entregues, no auge da pandemia da Covid-19, o governador Rui Costa foi o primeiro a levar o caso para a polícia, os responsáveis foram presos e denunciou a empresa Hempcare – que tem, sim, a obrigação de devolver o dinheiro, porque nunca entregou os respiradores, cometendo um crime financeiro contra o Estado e se aproveitando de um momento de pânico, dor e sofrimento das pessoas”, disse o chefe do Legislativo estadual.
Para Adolfo Menezes, o caso é “requentado”, com o intuito político de atingir o ministro perante ao presidente Lula: “Todos sabem da competência de Rui, que o próprio presidente Lula já chamou de ‘meu primeiro-ministro’. E todos sabemos da honestidade e do comportamento digno do ex-governador Rui Costa, que nunca compactuou com irregularidades. O caso já é investigado pela Polícia Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que tem que rastrear o paradeiro do dinheiro e fazer com que seja devolvido aos cofres públicos. E os criminosos que fizeram isso têm que ir para a cadeia”.
A delação de Cristiana Taddeo, dona da Hempcare, homologada no Superior Tribunal de Justiça é, para Adolfo Menezes, mais uma prática oriunda da Operação Lava Jato. “Tem o mesmo formato das delações do juiz Sérgio Moro, com objetivos eminentemente políticos. A dona da empresa relatou que a negociação foi intermediada por homens que se identificavam como ‘amigos e emissários’ do governador Rui Costa. Se for por isso, tem gente que diz que é meu amigo, e até meu assessor, que nunca vi na vida. Por que ela não apontou quem são os emissários e quem recebeu propina pelo contrato? A tática é de confundir tudo para, ao final, ela se safar”, explicou o chefe do Legislativo estadual.
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