O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques autorizou, nesta quinta-feira (11/4), a abertura de inquérito para investigar o deputado federal Luciano Bivar (União-PE). O processo tramita em segredo de Justiça.
O deputado federal será investigado por ameaças ao ex-aliado e presidente do União Brasil, Antônio Rueda. A polícia também deve apurar se Bivar teve envolvimento com os incêndios que atingiram a casa de Rueda e da irmã dele, Maria Emília de Rueda, em Ipojuca, no litoral de Pernambuco.
Casas de Rueda e de irmã dele foram incendiadas em condomínio no litoral de Pernambuco, nessa segunda-feira. Advogado cita ameaças de Bivar
Incêndio na casa de Antônio Rueda, presidente nacional do União Brasil Reprodução
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Montagem de fotografias de Luciano Bivar e Antônio Rueda
Relação de “pai” e “filho” virou troca de acusações Arte sobre foto de Igo Estrela/Metrópoles
Montagem de fotografias de Antônio Rueda e Luciano Bivar
Rueda era só elogios a Bivar antes da briga traumática Arte sobre foto de Igo Estrela/Metrópoles
Conforme revelou a coluna Guilherme Amado, do Metrópoles, o pedido da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) para que o presidente do União fosse investigado foi apresentado ao STF após representação criminal de Rueda contra Bivar.
O principal elemento de prova da acusação de Rueda é um vídeo em que ele aparece ouvindo de Bivar uma ameaça ao telefone. As imagens mostram uma conversa de Rueda com Bivar ao telefone, por volta das 23h de 26 de fevereiro, em meio à briga pela sucessão no União Brasil. No breve trecho anexado ao processo, uma voz, que seria de Bivar, diz a Rueda que “acabaria” com esse familiar do presidente do partido.
Na madrugada de 10 de março, a casa de Rueda e da irmã dele na cidade litorânea foram incendiadas. Ninguém se feriu. A perícia realizada pela Polícia Científica de Pernambuco concluiu que o fogo “foi provocado e de provável intuito criminoso”.
Bivar sugeriu que o incêndio poderia ser “golpe do seguro”. “Primeiro, precisa saber se não é o golpe do seguro, já que a casa estava abandonada há anos, e a estrutura, totalmente comprometida, segundo informações da região”, afirmou o parlamentar ao Metrópoles em 12 de março.