Na Itália, onde participa da Cúpula do G7, presidente declarou que o tema precisa ser tratado como questão de saúde pública; proposta teve urgência aprovada pela Câmara dos Deputados
Ricardo Stuckert / PR
Lula, em entrevista coletiva na Itália, neste sábado (15)
Durante entrevista a jornalistas em Puglia, Itália, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) disse neste sábado (15) que é contra o aborto, mas entende que a prática é uma realidade do Brasil e que precisa de atenção da saúde pública. O petista está na Europa participando da reunião de cúpula do G7 e disse que é “insanidade” o PL do Aborto, que equipara a interrupção proposital da gravidez após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio. “Acho uma insanidade alguém querer punir uma mulher com uma pena maior do que a do criminoso que fez o estupro”, afirmou. “À distância, não acompanhei os debates intensos no Brasil, mas, quando eu voltar, vou tomar ciência disso. Tenho certeza de que o que tem na lei já garante que a gente haja de forma civilizada para tratar com rigor o estuprador e com respeito a vítima.”
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Mesmo com seu posicionamento, Lula não deixou claro quais os planos do governo para lidar com o projeto de lei 1904. Quando questionado se a legislação atual do Brasil precisa de alterações, ele disse que, como mencionado anteriormente durante sua campanha, ele é contra o aborto. “Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, fui casado, tive cinco filhos, oito netos e uma bisneta. Eu sou contra o aborto”, afirmou. “Entretanto, como o aborto é uma realidade, a gente precisa tratar como questão de saúde pública.”