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Argentina nega ‘pacto de imunidade’ em caso de supostos fugitivos do 8 de Janeiro

Polícia Federal afirma que 65 foragidos foram para o país vizinho ilegalmente; Manuel Adorni, porta-voz presidencial argentino, diz que ‘Justiça tomará as medidas correspondentes quando chegar a hora’

Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Ataque de 8 de janeiro em Brasília no de 2023

O governo da Argentina negou nesta quarta-feira (19) que tenha um “pacto de imunidade” com o ex-presidente Jair Bolsonaro para oferecer asilo político a 65 cidadãos, segundo a Policia Federal, que supostamente entraram em território argentino após os ataques de 8 de janeiro de 2023 contra as sedes dos Três Poderes em Brasília.”Não fizemos nenhum pacto de imunidade com Bolsonaro nem nunca faremos com ninguém. É um assunto judicial. A justiça tomará as medidas correspondentes quando chegar a hora de tomá-las e nós as respeitaremos”, disse o porta-voz presidencial argentino, Manuel Adorni, em entrevista coletiva. “Se a Justiça brasileira solicitar à Justiça argentina um determinado assunto, caberá ao sistema judiciário local decidir quais medidas serão tomadas”, acrescentou. Questionado sobre como os acusados entraram em território argentino, Adorni garantiu que o Executivo não descobriu como eles fizeram isso.”Não sei se houve negligência na entrada”, salientou. No último dia 14 de junho, o Parlamento do Mercosul (Parlasur) enviou uma solicitação de “informações confiáveis” ao Ministério da Segurança da Argentina sobre a possível entrada dos cidadãos brasileiros que faziam parte de um grupo de 208 acusados e, em alguns casos, indiciados pelos ataques violentos contra a sede da Presidência, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Esses eventos ocorreram uma semana após a posse como presidente de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que derrotou Bolsonaro nas eleições realizadas em outubro de 2022.

Com relação à entrada dos brasileiros acusados em território argentino, um dos advogados dos fugitivos disse à Agência EFE que alguns deles já solicitaram à Comissão Nacional para os Refugiados (Conare) o reconhecimento da condição de refugiados por motivos políticos.

O governo argentino informou que, até o momento, não recebeu nenhuma comunicação do órgão responsável pela proteção e assistência aos refugiados no país e que, caso haja uma condenação final contra essas pessoas, se oporá à concessão do status de refugiado.

*Com informações da EFE

publicado por Tamyres Sbrile

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