O PT (Partido dos Trabalhadores) entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a lei do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que estabelece escolas cívico-militares estaduais. A sigla argumenta que o modelo fere princípios constitucionais e legais, acarreta custos elevados para o Estado e prejudica a liberdade e o desenvolvimento dos estudantes. Aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo, a lei prevê a criação de 50 a 100 unidades no novo formato até 2025. O PT questiona a obrigatoriedade da escolarização militar, equiparando-a à antecipação do serviço militar obrigatório, e levanta questões legais, de eficiência e de conflito com a gestão democrática do ensino.
Além do PT, o PSOL também solicitou a suspensão do programa, alegando que a legislação das escolas cívico-militares vai de encontro à Constituição Federal e à Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Por outro lado, Tarcísio de Freitas defendeu a constitucionalidade da lei, argumentando que ela apenas estabelece um modelo de gestão escolar com atividades extracurriculares voltadas para a formação cívica dos alunos. O governador ressalta que a proposta visa aprimorar a qualidade da educação e preparar os estudantes para a vida em sociedade.
A discussão em torno das escolas cívico-militares em São Paulo tem gerado polêmica e dividido opiniões. Enquanto o PT e o PSOL contestam a constitucionalidade e os impactos do modelo, Tarcísio de Freitas destaca os benefícios da iniciativa para a formação dos alunos. A implementação das unidades cívico-militares no Estado tem sido alvo de debates acalorados entre os defensores e críticos do projeto, que levantam questionamentos sobre a autonomia das escolas, a formação dos estudantes e a adequação do modelo ao contexto educacional brasileiro.
Publicada por Felipe Cerqueira
*Reportagem produzida com auxílio de IA