O Palácio do Planalto reagiu com aversão à indireta de Nicolás Maduro ao presidente Lula (PT). Na terça-feira (23/07), o venezuelano não mencionou diretamente o petista, mas aconselhou a tomar chá de camomila quem tivesse se assustado com suas falas sobre “banho de sangue” na Venezuela.
Na segunda-feira (22/07), Lula disse que ficou “assustado” após Maduro afirmar que poderia haver um “banho de sangue” no país caso ele perca a eleição do próximo domingo.
Por conta disso, integrantes do governo já consideram que a eleição no país vizinho não terminará em 28 de julho. Acreditam que o candidato derrotado, seja Maduro ou Edmundo González (da oposição), vai contestar o resultado do pleito.
O receio é que a Venezuela entre em um vórtex de caos social e institucional caso um dos lados conteste a vitória do eleito. Isso criaria uma situação de instabilidade no país que faz fronteira com o Brasil.
Mesmo assim, o governo se prepara para reagir com rapidez ao resultado da eleição na Venezuela. Petistas creem que os observadores do Partido dos Trabalhadores são garantia de que o processo será limpo. O assessor especial de assunto internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, também acompanhará o pleito.
Também na terça, Maduro também colocou em dúvida os processos eleitorais do Brasil, Colômbia e dos Estados Unidos. Ele mentiu dizendo que as eleições no Brasil não são auditadas. É importante destacar, no entanto, que o rito eleitoral no país é auditado de ponta a ponta e nunca foi constatada nenhuma fraude nas votações com urna eletrônica.